Por Paulo Ricardo/Especial para o Tribuna Ribeirão
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) realizou, na última sexta-feira (21), a terceira edição do Fórum de Políticas Públicas em Ribeirão Preto. O evento teve como foco principal a eficiência energética e contou com a mediação do Deputado Estadual Arnaldo Jardim. Gestores e profissionais das áreas sucroalcooleira e tecnológica se reuniram para discutir exemplos de soluções bem-sucedidas na produção de energia renovável e sustentável.
“O principal objetivo do evento é aproximar nossos mais de 370 mil profissionais da área de tecnologia do poder público, para fomentar discussões e soluções acerca da energia sustentável”, afirmou a presidente do Crea-SP, Lígia Mackey.
A escolha do tema não foi por acaso, já que São Paulo é um destaque nacional na transição energética, especialmente no setor sucroalcooleiro, que tem grande relevância no estado. Ribeirão Preto, reconhecida por sua importância na cadeia produtiva canavieira, sobressai-se na produção de energia limpa. De acordo com o Deputado Estadual Arnaldo Jardim, o agronegócio já é uma referência na produção de alimentos, e a região de Ribeirão Preto se destaca na produção de etanol. Utilizando a produção de biocombustíveis como biodiesel, biogás e biometano, a região também pode se tornar um polo produtor de energia sustentável.
Um dos temas mais discutidos durante o evento foi a possibilidade de produção de energia por meio de um maior aproveitamento de cada parte da produção. “Antigamente, queimava-se as plantações de cana; atualmente, há processos nos quais a queima da palha da cana-de-açúcar possibilita a produção do etanol de segunda geração”, destacou o Diretor da Fenascuro & Agrocana, Paulo Montabone.
O etanol de segunda geração (E2G), também conhecido como bioetanol, etanol verde ou etanol celulósico, é um biocombustível avançado feito a partir dos resíduos do processo de fabricação do açúcar e do etanol comum (E1G). Trata-se de um produto que utiliza matéria-prima de baixo impacto ambiental, que seria descartada, e que oferece excelente ganho logístico. O E2G usa biomassa vegetal, reaproveitando resíduos vegetais como palha, folhas e bagaço, entre outros. Embora os processos de produção sejam diferentes, os usos são os mesmos.
O evento foi realizado no Hub de Inovação Credicitrus e faz parte de uma série de encontros que buscam discutir políticas públicas, unindo profissionais da tecnologia e administradores do poder público. Além disso, a conferência foi transmitida ao vivo e está disponível no YouTube no canal TVCreaSP. Mais informações podem ser encontradas no site https://www.creasp.org.br/
