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Eficiência e memória preservada

Sancionei na manhã de ontem, quarta-feira, dia 18, uma lei que terá dupla finalidade para Ribeirão Preto. A primeira permitirá que a prefeitura da cidade tenha maior eficiência e ofereça mais conforto no atendimento aos cidadãos que dela precisam. Com a lei em vigor poderemos concretizar a aquisição de um imóvel que servirá de sede ao Poder Execu­tivo, com melhor funcionalidade e mais comodidade para as pessoas, mesmo que esta sede seja transitória, até a constru­ção do planejado e sonhado Centro Administrativo.

A segunda finalidade permitirá que o Palácio Rio Bran­co seja desocupado com a compra e, depois da reforma do prédio onde funcionou a Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal, na rua Américo Brasiliense, para onde serão transferidos o gabinete do prefeito, secretarias de Governo e Casa Civil e departamentos que atualmente funcionam no centenário prédio. Além de parte do atendi­mento público da Secretaria da Fazenda. Uma espécie de Poupatempo daquela Pasta.

Vamos dar um descanso a este senhor prédio que abri­gou prefeitos e vereadores desde 26 de maio de 1917. Após a desocupação virá a restauração e reforma do local que já presenciou grandes decisões que modificaram os rumos desta grande cidade e que tanta atenção merece pelo que sempre nos proporciona.

Ações desta natureza emocionam quem delas participa, porque a importância é visível, palpável, mesmo que alguns, por motivos de natureza menos importante, não consigam enxergá-la. Porque não é uma simples transferência, uma mudança de local. É a possibilidade de melhorar as condi­ções de atendimento às pessoas ao mesmo tempo em que se objetiva a preservação de um patrimônio histórico de valor incalculável.

Desde o início do nosso governo, ao tomar conhecimento das condições do prédio hoje sede do Executivo, comecei a trabalhar para que chegasse esse momento de poder anunciar que vamos desocupar o Palácio Rio Branco para preservá-lo. As inúmeras avarias da construção, que recebeu sua última reforma há mais de 25 anos, justifica qualquer esforço por sua desocupação e restauração em nome da memória, da história arquitetônica e da preservação de um passado que nem está tão distante assim.

Teremos ainda dois momentos muito importantes depois deste ontem realizado em uma cerimônia simbólica, mas de grande valor: a mudança dos ocupantes do prédio, para início de sua restauração, e a reinauguração, após todo o trabalho de restauro, que levará em conta todas as suas características.

A reinauguração já trará a transformação do imponente palácio em museu de exposições permanentes e transitórias. A partir deste momento passa-se a outro momento histórico.

A história das histórias que serão contadas a partir do espaço e de suas ocupações. As mostras que virão para mostrar a importância do passado e a relevância do talento de artistas contemporâneos. Será um outro tempo, poste­rior, onde gerações acostumadas à modernidade da pequena tela na palma da mão poderão tomar conhecimento de fatos importantes que aconteceram sem a ajuda das tecnologias hoje disponíveis.

Por isto a sanção desta lei não é mais um ato que coloca em vigor novas regras, novas diretrizes. É a promulgação de uma lei inteligentemente aprovada pela nossa Câmara Municipal que trará a possibilidade de marcar a história da administração pública da nossa cidade pela preservação de um prédio que é referência de grande e notório significado.

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