Patrimônio histórico e cultural do Estado de São Paulo, motivo de orgulho para Ribeirão Preto e palco de grandes apresentações, o Theatro Pedro II, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto, empresta sua grandeza, neste mês de maio, para uma causa tão importante quanto seu valor cultural: a luta pela conscientização sobre a Síndrome de Edwards (T18).
Trata-se de uma condição rara e pouco conhecida. Em Ribeirão Preto, em 2007, a ONG Associação Síndrome do Amor foi fundada pela mãe de Thales Castelo Branco. Hoje, a entidade já atende mais de 1.600 crianças acometidas pela síndrome no Brasil e em nove outros países. Atende na avenida Doutor Plínio de Castro Prado nº 857, no Jardim Palma Travassos, Zona Leste.
A associação ainda luta para tirar a Síndrome de Edwards da invisibilidade. Embora esta seja a segunda condição genética que mais acontece no Brasil, a síndrome ainda é pouco conhecida pelos médicos e quase que totalmente desconhecida do público. O Pedro II ficará iluminado com a cor do movimento, o lilás, até este domingo, 14 de maio, Dia das Mães.
A doença provoca atrasos graves no desenvolvimento devido a um cromossomo 18 extra. O primeiro exame trimestral, que inclui exame de sangue e ultrassonografia, oferece informações prévias sobre o risco de um bebê apresentar o problema.
Um exame pré-natal no segundo trimestre também pode detectá-lo. Os sintomas incluem baixo peso ao nascer, cabeça pequena de formato anormal e defeitos congênitos em órgãos, muitas vezes fatais. A Síndrome de Edwards não tem cura.
Geralmente, é fatal antes do nascimento ou durante o primeiro ano de vida, mas há exceções. Os pacientes que recebem esse prognóstico costumam ser acompanhados de acordo com suas necessidades, realizando tratamentos conforme apresentam sinais e sintomas. Estudos apontam que essa alteração na genética pode estar relacionada à idade da mãe quando ela engravida do bebê.
A doença é mais comum em pacientes cuja gestação aconteceu quando a mãe possuía mais de 35 anos de idade. Apesar dessa alteração genética, a Síndrome de Edwards não é considerada uma doença hereditária, mas sim uma condição que decorre de uma mudança na distribuição dos cromossomos.