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Educação supera 10% de absenteísmo  

No ano passado foram 127.254 ausências por licença saúde, licença sem vencimentos e faltas abonadas: pasta tem 4.450 servidores, incluindo professores (Alexandre de Azevedo/Arquivo - foto ilustrativa)

Dados da Divisão de Medicina e Segurança do Trabalho da prefeitura de Ribeirão Preto revelam que, no ano passado, a Secretaria Municipal da Educação registrou média de 10,26% de absenteísmo ausência de servidores ao trabalho. O absenteísmo é a soma dos períodos em que os colaboradores se ausentam das funções, independentemente do motivo. 
 
Em números absolutos, a secretaria que tem 4.450 funcionários e comandada por Felipe Elias Miguel registrou 127.254 ausências. Os principais motivos são férias, licença saúde, licença sem vencimentos e faltas abonadas. O levantamento revela, ainda, que as pastas de Saúde e Assistência Social também estão no topo do ranking. 
 
A Secretaria Municipal da Saúde com 3.003 servidores e chefiada por Jane Aparecida Cristina contabilizou 103.217 ausências, uma média de 9,38%. Já a de Assistência Social Gláucia Berenice é a secretária teve 13.358 ausências, um percentual de 9,76%. O total de outras pastas e o número de faltas injustificadas não foram divulgados.  
 
Atualmente, a prefeitura tem 9.825 servidores. Por ano, cada funcionário público municipal tem direito a seis faltas abonadas. É um privilégio que abrange todo o funcionalismo público de Ribeirão Preto não trabalha em regime de plantão. Entre1976 e 2016, o total por ano era de onze, mas foi reduzido em 2017 pela lei complementar nº 2.843.  
 
Se no ano passado todos os 9.825 servidores utilizassem o privilégio, seriam 58.950 dias a menos trabalhados. Em 2023, a prefeitura de Ribeirão Preto atendeu em 235 dias úteis – foram 52 sábados, 53 domingos, doze feriados nacionais, três municipais e dez pontos
facultativos.
 
 
Procurada pela reportagem para analisar os números, a Secretaria Municipal da Educação informa, por meio de nota, que tem adotado medidas para garantir a continuidade do ensino, como a substituição de professores ausentes por profissionais dos respectivos segmentos. Essa substituição é realizada por meio do Programa de Agendamento de Professores Substitutos, que conta com um cadastro de docentes ativos da rede disponíveis para assumir essas substituições. 
 
É importante ressaltar que, de acordo com os Estatutos do Servidor e do Magistério Público Municipal e demais normas que regem a Administração Pública Municipal, os atestados médicos são direitos dos servidores e não há imposição de limites para sua utilização”, afirma. 
 
Quanto ao impacto dessas licenças na qualidade do ensino e no desempenho dos alunos, destacou que a assiduidade do professor é fundamental para conhecer a dinâmica de aprendizado de cada aluno e aplicar as metodologias adequadas, apesar das substituições realizadas para garantir a continuidade curricular. 
 
SindicatoPor meio de nota, o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Pradópolis e Guatapará (SSMRPG) informa que os números mostram, com clareza, a falta de comprometimento do governo com uma educação de qualidade e de valorização dos profissionais em nosso município, pois todos os dados apresentados dizem respeito a direitos previstos em leis vigentes, como férias, licençaprêmio em descanso, licença sem vencimentos, faltas abonadas e licença saúde. 
 
A entidade afirma que a desorganização instaurada na Secretaria da Educação em cada início de ano letivo, como a falta de professores, de mediadores para alunos com necessidades especiais, de condições de trabalho adequadas e a sobrecarga de trabalho tem feito os funcionários ficarem doentes, tanto fisicamente como emocionalmente. Nunca se exigiu tanto dos profissionais quanto exige-se nesta gestão, sem prevenção e gestão efetiva. 
 
“A omissão de faltas injustificadas nos números apresentados, que são ínfimas ou simplesmente não existem, bem como a omissão de informação sobre os afastamentos decorrentes de acidentes de trabalho, revelam um jogo de narrativa que evidencia ainda mais a falha do governo na gestão das pastas da educação e da saúde”. 
 
Diz ainda que a solução para as situações levantadas passa pela contratação de mais servidores concursados em ambas as Secretarias, pela valorização do trabalhador com investimentos em condições adequadas de trabalho, o que não tem sido feito em Ribeirão Preto para a garantia de um serviço público com mais qualidade. 
 

 

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