Secretaria da Educação do Estado de São paulo (Seduc-SP) finalizou a entrega de 1.333.791 livros para as redes públicas de 643 cidades. Foram adquiridos 268 títulos, em um investimento de R$ 43.830.568,55. A ação atende 5.175 unidades escolares de ensino fundamental (anos iniciais e finais), ensino médio, inclusive Centros Estaduais de Educação para Jovens e Adultos (Ceejas), Classes Provisórias, Escolas Indígenas, além de unidades municipais conveniadas.
Ribeirão Preto foi o segundo município que mais recebeu livros, segundo a Seduc-SP. Foram entregues 5.608, atrás apenas de Osasco, na Grande São Paulo (8.276). São cerca de 48 mil alunos em 82 unidades da Secretaria de Estado da Educação na cidade.
Na área que envolve três das 91 Diretorias Regionais de Ensino (DREs) – Ribeirão Preto, Sertãozinho e Jaboticabal –, no ano passado estavam matriculados 99.432 alunos de 165 escolas da rede estadual. Do total entregue, 58 títulos estão relacionados a temas antirracistas, num total de 228.702 exemplares.
Na temática antirracista, destaque para quatro livros: “Memórias da Plantação: Episódios de Racismo Cotidiano”, de Grada Kilomba; “A Queda do Céu: Palavras de um Xamã Yanomami”, de Davi Kopenawa Yanomami; “Pequeno Manual Antirracista”, de Djamila Ribeiro; e “Na Minha Pele”, de Lázaro Ramos.
O incentivo aos temas relacionados é destacado pelo secretário estadual da Educação, Rossieli Soares. “Temos focado no incentivo e fortalecimento do hábito da leitura. Além disso, buscamos promover o debate sobre o racismo estrutural nas etapas de formação e desenvolvimento estudantil para combater, diariamente, toda e qualquer forma de preconceito ou discriminação”, conta.
Segundo Rossieli, a ampliação de acesso aos livros permite mais condições de igualdade na busca pelo conhecimento. “Com a leitura, evoluímos no aprendizado, vocabulário, conhecimento para debater muitos assuntos e protagonismo na tomada de decisões importantes”, analisa.
Alinhamento pedagógico
O processo de definição dos livros foi liderado pela Coordenadoria Pedagógica (Coped) da Seduc-SP, que orientou a rede para a escolha, considerando aspectos técnicos e critérios de validação junto às escolas e Diretorias de Ensino (DEs). Entre eles, linguagem, vocabulário, ilustrações, imagens, temas, alinhamento pedagógico e análise do acervo local da Sala de Leitura.
“O processo ainda contou com a participação direta de estudantes e professores para a escolha do material, segundo critérios de sensibilidade”, afirma Caetano Siqueira, coordenador pedagógico da Seduc-SP. Foram quatro etapas: escolha e indicação, composição da lista estadual, confirmação da lista final pelas equipes da Coped/ Efape (Escola de Formação dos Profissionais da Educação) e aquisição dos títulos. As escolas municipais conveniadas receberam 238.590 exemplares, de 72 títulos literários, para uso pedagógico na educação infantil e anos iniciais.