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Educação: ministro defende Estado laico

ISAC NÓBREGA/PR

Ao tomar posse, na tarde desta quinta-feira, 16 de julho, o novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez gestos pelo diálogo com acadêmicos, pelo Estado laico e em favor do ensi­no público. Ele citou como focos de sua gestão a educação infantil e o ensino profissionalizante. A cerimônia, que ocorreu no Palá­cio do Planalto, foi acompanha­da pelo presidente Jair Bolsona­ro por videoconferência.

“Tenho a formação reli­giosa. Meu compromisso, que assumo hoje, ao tomar posse, está bem firmado e bem loca­lizado em valores constitucio­nais, da laicidade do Estado e do ensino público. Assim, Deus me ajude”, declarou Ri­beiro ao assumir formalmente o cargo. Ele é advogado, teólo­go e pastor presbiteriano.

A indicação de seu nome para a pasta foi atribuída ao ministro da Secretaria-geral, Jorge Oliveira, e ao ministro da Justiça, André Mendonça, também presbiteriano. Entre as características que fizeram com que Ribeiro fosse esco­lhido, está o “apreço à família e aos valores”, dizem conhecidos e integrantes do governo.

Ribeiro foi vice-reitor do Mackenzie, quando o reitor era o ex-governador Claudio Lem­bo, mas é desconhecido entre especialistas da educação. O novo ministro contou que, ao ser convidado para a função, Bolsonaro destacou que queria priorizar a educação infantil e o ensino profissionalizante no MEC. E assumiu o compromis­so para seguir a orientação.

“Quando recebi o honro­so convite por parte do senhor presidente para assumir o MEC, entre outras coisas, ele me disse: ‘olhe com carinho para a edu­cação das crianças e ao ensino profissionalizante’. Hoje, publi­camente, assumo o compromis­so de que seguiremos essa orien­tação”, afirmou.

“Ainda, através do incentivo a cursos profissionalizantes, de­sejamos que os jovens tenham uma ponte ao mercado de tra­balho. Uma via para que atinjam o seu potencial de contribuição para o nosso país”, acrescentou. Ele também afirmou que quer “abrir um grande diálogo para ouvir os acadêmicos e educado­res”. E citou que, assim como ele, os professores estão “entristeci­dos com o que vem acontecendo com a educação em nosso país”.

“Haja vista nossos referenciais e colocações no ranking do Pisa”, disse, citando a avaliação mun­dial de educação em que o Brasil está entre os 20 piores colocados. Ribeiro também disse que nunca defendeu violência física na edu­cação escolar. “Nunca defenderei tal prática, que faz parte de um passado que não queremos de volta.” Em vídeo de 2018, Ribei­ro defendeu que crianças sejam educadas “com dor”.

Em seguida, nesta quinta, afirmou que “a implementação de políticas e filosofias educa­cionais equivocadas” descons­truíram a autoridade do profes­sor em sala de aula e, por isso, “existem atualmente por muitas vezes episódios de violência físi­ca de alguns maus alunos contra o professor”. “As mesmas vozes críticas de nossa sociedade de­vem se posicionar contra tais episódios com a mesma inten­sidade (…) Precisamos resgatar o respeito pelo professor.”

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