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Educação: 66 escolas já contam com AVCB

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A Secretaria Municipal da Educação informou ao Jornal Tribuna, nesta quarta-feira, 27 de janeiro, que 66 escolas da rede de ensino de Ribeirão Preto já contam com o Auto de Vistoria do Corpo de Bom­beiros (AVCB). Este número representa 55,9% do total de unidades ligadas à prefeitura, de 118 atualmente.

De acordo com a pasta, 52 ainda estão irregulares, ou 44,1%. Entretanto, segundo a Secretaria de Educação, a pre­visão de 100% de regularização é para o final deste ano, quando todas as demais unidades tam­bém já terão sido contempladas.

O Auto de Vistoria do Cor­po de Bombeiros é o documen­to que permite a liberação das edificações e áreas de risco para funcionamento. É uma espécie de comprovante de que o em­preendimento tem projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico aprovado.

Certifica, ainda, que os equi­pamentos de combate a incên­dio foram devidamente insta­lados e atesta que eles estão de acordo com os critérios estabe­lecidos pela legislação estadual, instruções técnicas e Normas Brasileiras Registradas (NBR).

De acordo com a Secreta­ria Municipal da Educação, para regularizar a situação das 66 escolas a pasta promoveu serviços de reforma e manu­tenção das redes elétrica e hi­dráulica, com investimento superior a R$ 3,5 milhões. A falta de AVCB nas escolas mu­nicipais é um problema antigo.

Em 2019, levantamento re­alizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo Seccional Ribeirão Preto (Crea-SP) revelou que a maioria das unidades muni­cipais apresentava problemas. Das 109 escolas, não possuíam o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, 90% do total.

O levantamento foi feito por solicitação do Ministério Pú­blico de São Paulo (MPSP) por meio da Promotoria da Educa­ção, comandada pelo promotor Naul Felca. Na ocasião também foram detectados problemas como a falta de manutenção, falhas na rede de energia elétrica e na parte hidráulica, extintores com prazo de validade vencido e sistema de tubulação de gás.

Cinco escolas apresentavam problemas gravíssimos e outras 20 estavam em situação grave, de acordo com os técnicos. As duas unidades onde foram en­contrados problemas mais gra­ves foram o Centro de Atendi­mento Integral a Criança (Caic) Antonio Palocci, no Jardim José Sampaio, na Zona Oeste, e o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Professor Edu­ardo Romualdo de Souza, na Vila Virgínia, na Zona Sudoeste.

O Caic chegou a ser interdi­tado durante 40 dias pela Justiça de Ribeirão Preto por oferecer risco para a segurança dos cerca de 780 alunos. Pais responsá­veis protestaram diversas vezes à porta da escola. Já o Cemei foi palco da morte do estudante Lucas da Costa Souza, de 13 anos, em 30 de novembro de 2018. A suspeita é que ele te­nha levado uma descarga elé­trica ao subir em uma grade para tentar pegar uma bola.

Uma Comissão Parlamen­tar de Inquérito (CPI) presidi­da pelo vereador Isaac Antunes (PL) foi criada na Câmara para investigar o caso, mas até agora não foi concluída. Nesta quarta­-feira, o parlamentar afirmou ao Tribuna que a CPI está em fase de conclusão e que em breve o relatório a cargo da vereadora Glaucia Berenice (DEM) será apresentado ao Legislativo.

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