Ribeirão Preto já tem o seu primeiro crematório. O Ecocrematório Ribeirão recebeu no início do mês a licença de operação CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. A empresa está instalada no Distrito Empresarial e atende um ‘pool’ de funerárias do interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Foram mais de seis anos de diversos estudos, principalmente de impactos ambientais e atenção as exigência legais, para a instalação. O Ecocrematório Ribeirão é um dos mais modernos do país e chega à Região Metropolitana trazendo um novo conceito para a prestação de serviços de cremação, com baixos custos operacionais e a proposta de preservação do meio ambiente, devido à baixa emissão de CO2 (gás carbônico).
Os equipamentos foram adquiridos junto à empresa Brucker, no mercado há mais de 10 anos. Genuinamente brasileira, a Brucker trabalha com sistemas inteligentes com baixo consumo de gás, softwares de última geração exclusivos para o gerenciamento da cremação e total excelência de desempenho.
Várias empresas de serviços funerários da Região Metropolitana de Ribeirão Preto já firmaram parceria e estão licenciadas para o uso da marca e serviços exclusivos do Ecocrematório Ribeirão. Ao se tornarem licenciadas, as funerárias passam a ter um serviço próprio de cremação e poderão oferecer essa escolha aos seus clientes de forma simples e segura.
Os estudos estratégicos de localização, com fácil acesso das cidades da região, e o modelo de associativismo foram fundamentais para a realização do empreendimento. “Prestamos um serviço de extrema importância emocional, cultural e religiosa, por isso nos preocupamos em disponibilizar o serviço de cremação a toda população, tanto de Ribeirão como da região, a um valor baixo com respeito ao cerimonial de despedida e ainda contribuir para a preservação do meio ambiente”, finaliza Francisco Rosa, diretor da Rede Ideal, uma das franqueadas.
Cremação: o Meio Ambiente agradece
De acordo com informações do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares o número de crematórios mais que dobrou nos últimos anos, o que mostra que a cremação vem quebrando tabus e recebendo mais aceitação.
Um dos fatores do aumento pela procura são os valores. Uma cremação pode custar até cinco vezes menos que o sepultamento em cemitérios. A diferença pode ser maior, dependendo do valor do jazigo, isso sem contar taxas anuais de manutenção que são cobradas pelos cemitérios.
Outro fator é o meio ambiente. A cremação é comprovadamente o sistema que gera menor impacto ambiental, pois gera cinzas e não produz o poluente necrochorume, causado pela decomposição dos corpos. Todo o processo de cremação é considerado 100% ecológico.
Homenagens especiais com as cinzas
Além de ser uma solução para o problema de superlotações em cemitérios tradicionais, pois, ainda que, mesmo cremado, a família opte por sepultamento em cemitérios, há que considerar a questão de não haver poluição de necrochorume e ocupação de menor espaço [15 urnas de cinzas, em média, ocupam o espaço de uma urna de sepultamento que ocorre com mais frequência], a cremação pode ser uma homenagem à pessoa que morreu, com suas cinzas sendo espalhadas por locais que ele amava em vida.
“Quando eu morrer quero ser cremado e que minhas cinzas sejam…”. Hoje em dia é muito comum ouvir isso de amigos e familiares. Alguns querem que as cinzas sejam jogadas ao mar, ou colocadas em um campo de futebol, ou ainda próximo ou naquele local que ele adorava frequentar.
Quando não há esse desejo explícito há outras e diversas maneiras de realizar tal homenagem. Uma delas é a utilização das cinzas para o plantio de uma árvore, uma maneira de simbolizar que a morte é apenas uma passagem, uma modificação do corpo e espírito. Há urnas especiais e cemitérios que realizam esse plantio, como se fossem jazigos. Cada muda recebe uma placa de identificação, mostrando o nome do falecido.
Há ainda quem armazena a urna em casa em uma espécie de santuário, tornando possível as orações e visitas frequentes.