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É possível viver e conviver em paz!

A vida pode ser uma sucessão de coincidências felizes, de encontros prazerosos, de união entre as pessoas. Mas nem sempre é isso o que vemos ao nosso redor. Na correria diária, são muitos os “ruídos” que tiram o nosso sossego e atrapalham a nossa convivência.

Por vezes nos tornamos porta-vozes da difama­ção ao invés de instrumentos da paz.

Na era da internet, toda e qualquer mensagem se propaga num piscar de olhos. Fatos que ocorrem num canto do planeta atravessam fronteiras, chegan­do a outras cidades, outros países e continentes com a rapidez de um clique. Alimentadas pela fofoca, histórias que envolvem a intimidade das pessoas tomam proporções inimagináveis e invadem nossos lares como se fossem verdades absolutas. E essas his­tórias fomentam antipatias, preconceitos e desprezo.

Outro agente semeador de discórdia é a neces­sidade que alguns têm de impor suas ideias e sua maneira de ser. Parecem querer provar a si mesmos que são superiores aos outros. Muitas pessoas gos­tam de recitar a Oração de São Francisco, como um poema em homenagem à paz. É fundamental que todos compreendam que a construção desta paz, em nível mundial ou dentro de casa, depende de cada um de nós.

Depende de uma mudança de conduta pessoal. Nas palavras de São João Paulo II num discurso que fez em Assis, a paz é descrita como um cantei­ro de obras aberto a todos: “A paz é uma respon­sabilidade universal: passa através de milhares de pequenos atos da vida cotidiana. Por seu modo cotidiano de viver com os outros, as pessoas optam pela paz ou a descartam”.

Sempre que deparamos com a tentação da discór­dia, é bom lembrar o exemplo da Família de Nazaré. Foram muitas as apreensões vividas por Maria, José e o Menino Jesus enquanto buscavam um lugar se­guro para morar, mas em nenhum momento perde­ram o sentido da união. Mantiveram-se juntos para o que desse e viesse.

Assim também deve ser a nossa vida. Não pode­mos nos perder uns dos outros. E, mais importante ainda, não podemos nos perder de Deus, que é a fonte de toda união. Não nos afastemos de sua Pala­vra em nossa vida pessoal, familiar, social e profis­sional. A fé em Deus nos ensina a contribuir para a união entre os seres humanos.

Esse discernimento nos leva a refletir antes de realizarmos toda e qualquer ação. A reflexão é o exercício dos sábios. Quando desenvolvemos o hábi­to de refletir, conseguimos criar um equilíbrio entre razão e emoção, atuando com mais cordialidade e gentileza. Nossas palavras serão mais adequadas, nossas conversas mais oportunas e positivas. Nossas decisões serão mais justas. Nosso comportamento dará aos outros a certeza de que é possível viver e conviver em paz!

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