Tribuna Ribeirão
Política

‘É importante que tucanos votem a favor da reforma’

O presidente nacional do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), afir­mou nesta terça-feira, 28, que, independentemente do eventual desembarque do PSDB, é im­portante que os tucanos votem a favor da reforma da Previdência. Um dia após aceitar acordo para assumir o comando da sigla, o governador Geraldo Alckmin (SP) disse nesta terça-feira, 28, que o partido deixará o governo Michel Temer.

“Quero saber como o PSDB vai votar na reforma da Previ­dência. Na política, os atos valem mais do que as palavras”, comen­tou Jucá sobre a declaração. Ele espera que, após assumir a presi­dência, Alckmin possa “orientar o partido” pela aprovação da re­forma. “Alckmin defende a Previ­dência, até porque depende disso o equilíbrio dos Estados, não é só uma questão do governo federal.”

Jucá afirmou que a candidatu­ra única de Alckmin à presidên­cia do PSDB é um “movimento correto”. “Para o PSDB aspirar qualquer questão nacional, tem que resolver primeiro as questões internas ” Questionado se a deci­são aproxima o PSDB do PMDB, Jucá respondeu que “aproxima o PSDB do próprio PSDB”.

Jucá evitou fazer comentários sobre um possível desembarque dos tucanos, que considera “espe­culação”, mas disse que o gover­no “prefere acreditar que a sigla vai somar forças para continuar a transição” na próxima eleição. Sobre eventuais alianças no plei­to, o peemedebista destacou que a legenda discutirá com diversos partidos, não só com o PSDB, mas ponderou que a escolha de Alckmin é “importante”.

Ele disse que “seria prematu­ro querer inferir no calendário da Câmara”, mas “quanto mais rápido votar a Previdência, me­lhor”. Na segunda-feira, 27, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou que o ideal seria votar a reforma da Pre­vidência em fevereiro de 2018.
“Se votar a reforma da Pre­vidência este ano, na Câmara, já ficará para o ano que vem a apreciação no Senado. Se dei­xar a votação da reforma para o ano que vem na Câmara, ficará mais distante ainda a votação no Senado. Quanto mais perto da eleição, mais dificuldade se tem de aprovar uma matéria como essa”, analisou.

Jucá admitiu que a refor­ma é uma “matéria polêmica”. “Neste caso, nem sempre o mé­rito é o que vale, há muita ma­nipulação. É claro que vai haver muitos percalços, mas a gente espera que a reforma da Previ­dência possa ser aprovada.”

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