A prefeitura de Ribeirão Preto abriu licitação para comprar duas mil câmeras de vigilância que serão instaladas nas 108 escolas da rede municipal de ensino. O valor estimado no edital é de R$ 6.729.489,10. Porém, a Secretaria da Educação espera garantir uma economia de, no mínimo, 50% com o processo licitatório.
Os equipamentos ficarão sob a responsabilidade de Guarda Civil Metropolitana (GCM), da Polícia Militar, da empresa responsável pelo monitoramento e da Secretaria Municipal da Educação, garantindo diversos caminhos para atendimento em qualquer ocorrência. “Nosso objetivo é iniciar a instalação desses equipamentos durante as férias escolares, para evitar transtorno aos alunos”, afirma o secretário da Educação, Felipe Elias Miguel.
“Tivemos bons resultados no segundo semestre com o trabalho integrado e, agora, teremos câmeras em todas as escolas, que contarão com o sistema Detecta, que identifica placas de veículos furtados ou roubados”, emenda secretário. Na última quinta-feira (5), o Ministério Público Estadual (MPE), por meio da Promotoria da Educação, divulgou um balanço sobre a redução nos casos de furtos e vandalismo nas escolas da rede municipal de ensino.
O levantamento foi divulgado pelo promotor Naul Felca e mostra que, de julho a novembro deste ano, apenas cinco casos foram registrados, queda de 84,3% em comparação aos 32 do primeiro semestre deste ano, 27 a menos. Em outubro e novembro, nenhuma ocorrência foi registrada.
Em relação a 2018, quando ocorreram 49 casos, a queda foi de 24,5% – neste ano foram 37 ocorrências no total, doze a menos. A escola que mais registrou furtos em 2019 foi o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Professor Eduardo Romualdo de Souza, na Vila Virginia, Zona Oeste, com oito.
Depois aparece a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Maria Pontim, no Quintino Facci I, com seis furtos. Os números são resultados de uma ação integrada coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc) do MPE que começoou no mês de julho.
Também fazem parte da ação a GCM, a PM e a Secretaria da Educação. “O MPE tem acompanhado de perto a situação das escolas municipais e, por isso, solicitou a integração de todos esses serviços”, diz Felca. A rede municipal tem cerca de 47 mil alunos.
“O que se observou nesse período de seis meses é que tanto a PM, quanto a GCM e a secretaria adotaram medidas em ação conjunta que resultaram em uma redução significativa e decrescente desses índices de criminalidade”, afirma o promotor.
De acordo com o secretário Felipe Elias Miguel, foram identificadas as unidades com maior ocorrência, assim como horários e áreas mais atingidas. Com isso, a GCM e a PM intensificaram as rondas e policiamento nos locais de maior vulnerabilidade.
“Os órgãos de segurança do município identificaram outras formas de trabalho nestas escolas municipais, garantindo um resultado que diminui os transtornos para as famílias e para os alunos devido aos dias que ficavam sem aula após as ocorrências. Também fizemos obras nas unidades com o objetivo de eliminar os pontos de maior índice, evitando cabos e pontos de entrada de energia expostos”, explica.
O secretário ressalta também que, durante o período de férias escolares, serão intensificadas as rondas nas escolas pela GCM, assim como o policiamento realizado pela PM, reforçando a ação nos locais de maior ocorrência e mantendo o monitoramento diuturnamente.
Os órgãos solicitam aos moradores que, em casos de suspeita, comuniquem a Guarda Civil pelo telefone 153 ou a Polícia Militar por meio do 190 – Centro de Operações da Polícia Militar. Para 2020, a pasta planeja investir cerca de R$ 3 milhões na instalação de câmeras de vigilância nas 108 unidades de ensino do município, metade dos R$ 6,7 milhões previstos no edital.