Tribuna Ribeirão
Cultura

Duas bandas vão abrir o João Rock

Foram três etapas, 620 con­correntes, 50 dias de expectativa e duas audições em 48 horas. Em uma decisão inédita e ines­perada, o tradicional concurso do Festival João Rock escolheu duas bandas para abrir a pro­gramação do evento, em 15 de junho, no Parque Permanen­te de Exposições de Ribeirão Preto: Fuze (Rio de Janeiro/RJ) e Psycoprata (Santa Luzia/MG) são as vencedoras.

Compartilhando o Palco João Rock com Paralamas do Sucesso, Pitty, Zeca Baleiro, CPM22, Scalene, BaianaSys­tem, Marcelo D2, Alceu Valen­ça, Emicida e Rael convidam Mano Brown estará a Banda Fuze. Já no Fortalecendo A Cena, o grupo Psycoprata será a primeira atração do palco, que na sequência recebe as ban­das que estão despontando na música nacional, entre elas Rin­con Sapiência, Djonga, Big Up, Filipe Ret, BK e Maneva.

A final que revelou as cam­peãs aconteceu no último sá­bado, 1º de junho, no Teatro de Arena Jaime Zeiger, em Ribeirão Preto, e foi composta de uma apresentação para o público e jurados. Já neste dia, as bandas compartilharam o palco com Dead Fish, que fez o show espe­cial para a grande finalíssima.

Fuze
Formada em 2008, no Rio de Janeiro, a Fuze traz em sua essência a energia e o groove do pop rock. A banda começou na garagem de casa ensaiando e tocando pra se divertir. É com­posta por Pedro Novaes (ba­teria), Felipe Novaes (baixo e voz), Diogo Novaes (guitarra e voz) e Gui Solto (guitarra). Em 2019 começaram a gravação do primeiro EP com seis músicas autorais, cinco das quais já são tocadas nos shows. Em suas le­tras buscam transmitir energia e emoção através das palavras para alcançar e tocar as pessoas.

“O que tiramos desta expe­riência foi a diversão e o fato de conhecermos novas bandas. A relação que tivemos com elas foi de companheirismo, pois a cada apresentação todos se ajudavam e incentivavam uns aos outros. Chegamos na final, tocamos para nos divertir, com o coração, com a alma e colhe­mos todo o fruto dessa experi­ência maravilhosa. É uma honra e um passo enorme em nossa carreira estarmos no festival. Só temos que agradecer por tudo”, diz Pedro Novaes.

Psycoprata
Residente de Santa Luzia, ex­tremo Norte de Belo Horizonte, o rapper Psycoprata uniu forças ao hip hop no ano de 2009 em batalhas de MCs. Depois de passar por outras bandas e lan­çar singles na internet, o rapper desenvolveu suas habilidades como produtor e desenvolveu samples e instrumentais diferen­ciados. Suas letras narram fatos vividos, pensamentos e ideias em discursos fortes, no estilo “sujo e cru” de fazer rap.

Para o concurso de bandas apresentou o show “O Exérci­to Invisível”, que trouxe na sua formação, além dele, os rapper Mist Kiila e Insano e o DJ Patão. “Entramos no concurso com o sonho de vencer e já imagináva­mos em cima de um dos palcos do festival. Ao longo do proces­so de votação, seleção e disputa, Deus esteve presente conosco o tempo todo nos dando confian­ça e força pra conseguir chegar onde chegamos. Agradecemos a oportunidade e ficamos muito feliz por essa vitória”, comenta Psycoprata.

O dobro de inscrições e cur­so de gestão – O Concurso de Bandas do João Rock acontece desde 2009 revelando novos nomes da cena do rock e seus subgêneros no país. Neste ano, a disputa na primeira fase contou com o dobro de bandas inscritas em relação ao ano passado. “O concurso se tornou uma impor­tante ferramenta para as bandas que estão no início de carreira. É uma oportunidade de elas parti­ciparem de um grande festival, dividindo o palco com artistas consagrados e tocando para um grande público”, diz.

“Este ano, a escolha foi bas­tante difícil, com a participação de grupos de altíssima qualidade, então optamos por dar a oportu­nidade de duas bandas viverem a experiência de estarem no JR”, comenta Marcelo Rocci, um dos organizadores do evento. Nesta edição, pela primeira vez, o João Rock ofereceu às quatro bandas semifinalistas um ciclo de pales­tras, com duração de dois dias, sobre gestão de carreira musical. Entre os temas abordados esta­vam dicas para montar e planejar uma banda, relacionamento com a imprensa, gestão de carreira e produção musical.

Como foi o concurso
Seiscentas e vinte bandas de todos os estados brasileiros con­correram na primeira fase do festival, composta por votação popular através do site oficial. Dentre elas, as 20 mais votadas foram analisadas e dez seguiram para a fase semifinal.

Divididas em dois grupos, elas se apresentaram para o público e jurados e, após uma disputa acirrada, apenas quatro chegaram na tão sonhada final composta por uma nova apre­sentação. O Concurso de Bandas João Rock em 2019 teve o apoio da Budweiser. A marca, além de sempre estar ao lado de grandes músicos e festivais, é uma das principais incentivadoras dos novos gêneros da música.

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