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Cultura

‘Drag Me as a Queen’ vai levar mulheres famosas a uma transformação radical

Por Eliana Silva de Souza

Encontrar a diva das divas é o objetivo da série Drag Me as a Queen Celebridades, no canal E! Entertainment. Sob o comando das drags queens Penelopy Jean, Ikaro Kadoshi e Rita Von Hunty, o spin-off conta com oito episódios e terá a participação das cantoras Maria Rita, Lellê, Gretchen, Karin Hils e Preta Gil, além das apresentadoras Maria Eugênia Suconic e Renata Kuerten e a modelo Nicole Bahls.

“Pelo fato de as celebridades estarem habituadas com os holofotes, a dar entrevistas, falar de suas vidas, nosso grande desafio era desconstruir tudo isso e mostrar a mulher por trás dessa fama e fazê-la falar o que nunca falaria.

E, como o programa conversa sobre a existência do feminino no tempo e espaço que a gente vive, vamos mostrar como é ser mulher com milhares de olhos voltados para ela, apontando, reprimindo e dizendo o que deve ser ou deve fazer num país machista como o Brasil”, afirma Ikaro. Segundo ela, o público verá mulheres famosas de forma nunca vista. “E o público vai acompanhar a discussão de temas importantes, reflexão sobre o feminino, emoções genuínas, histórias de superação, amor e desamor, encontros e desencontros, para nos fazer pensar sobre o que estamos fazendo com nossas vidas e a relação com os outros.”

Como a versão original, Drag Me as a Queen, o derivado carrega em si mais do que simples diversão. E Rita Von Hunty procura explorar mais o assunto e joga com alguns questionamentos: “Quantos de nós nos sentimos livres e aptos a nos divertir? Com o que uma sociedade se diverte? Todos se divertem do mesmo jeito assistindo à mesma coisa?”. E conclui, afirmando que “o Drag Me não é somente sobre diversão, mesmo sendo este o tema”.

Para Rita, o programa “pode ser um convite para uma jornada e, se aceito com sinceridade e entrega, existe um deslocamento, uma troca de posição”. “Quando se funde o fazer Drag com essa ideia de conhecer o outro, é modificada a forma como se olha para si mesmo, não existe nada mais poderoso para a autoestima do que se ver em outro lugar.”

Também apresentadora do reality, Penelopy Jean revela que a temporada foi repleta de momentos engraçados e de muita emoção. “A gente riu muito e se emocionou demais, principalmente na hora da make e também na da revelação final da queen, pois, quando elas se veem transformadas, vira algo surreal”, afirma a drag.

E, antes de a primeira convidada passar pela cortina vermelha e pisar no palco dourado, uma breve apresentação sobre ela. E Ikaro começa dando dicas sobre quem está para entrar em cena. Ela revela que a convidada é cantora, tem linda voz, e que, “dizem por aí, já teve fama de antipática”, além de fazer parte de uma família incrivelmente musical e sua mãe ser um ícone insubstituível. Aí ficou fácil, e as três chamam ao palco a cantora Maria Rita, que chega e, entre as três, responde a algumas questões.

A partir desse momento, Maria Rita e as apresentadoras vão até o camarim onde a cantora passará por uma sabatina, respondendo a questões que servirão de base para que as drags tenham dados para fazer a montagem da personagem. Rita Von Hunty começa querendo saber quem foram as três mulheres da vida da cantora, e a resposta, mais que esperada, vem de pronto ao citar a mãe, Elis Regina, e a avó Rita. Em seguida, conta que Ella Fitzgerald foi um nome fundamental. “Muita gente acha que eu aprendi a cantar com a minha mãe, mas eu não ouvia minha mãe, pois era dolorido”, contou. Na sequência, vem a revelação do nome escolhido pela própria Maria Rita, entre os três que foram sugeridos pelas apresentadoras. Agora Maria Rita é Selenita.

Aos poucos, entre uma informação pessoal e outra, como o gosto pelo bordado, as drag queens vão somando os pontos para repaginar a cantora e criar seu novo visual. Primeiro surge o croqui da roupa que será feita para ela, depois, ela parte para ensaiar a performance que vai apresentar. E ainda terá a sessão de maquiagem. É um dos momentos mais emocionantes, pois Maria Rita lembra da sua infância sem a mãe, que morreu quando ela estava com 4 anos, e como foi descobrindo quem era ela por meio de materiais de arquivo, entrevistas e livros. Recorda ainda que foi difícil e que sentiu raiva, no começo da adolescência, quando soube como Elis tinha morrido. “Eu entrei num conflito até entender direito.”

E então surge Selenita em cena, montada com seu novo figurino, maquiagem cheia de brilho, que faz sua performance ao som de Beth Carvalho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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