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Doria visita RP e critica Bolsonaro

FOTO: HÉLIDA MAGALHÃES/AMIGOS DA FOTOGRAFIA

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o prefeito Duarte Nogueira (PSDB), que acaba de se recu­perar da covid-19, participaram na manhã desta terça-feira, 19 de janeiro, da cerimônia de lan­çamento da vacinação contra o coronavírus em Ribeirão Preto. O evento foi realizado na Uni­dade Campus do Hospital das Clínicas, onde uma técnica de enfermagem recebeu a primei­ra dose. (Leia nesta edição)

O governador atacou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em seu discurso e foi acompanhado pelo diretor do Instituto Butantan e também do Hemocentro de Ribeirão Preto, Dimas Tadeu Covas. Doria também enfrentou pro­testo de servidores em sua chegada ao HC, mas os mani­festantes foram barrados pela Polícia Militar. Um grupo de bolsonaristas carregava uma faixa pró-presidente.

Doria fez questão de pedir a Dimas Covas que especificasse quem foi o protagonista da campanha de difamação contra a Coro­naVac, a vacina desenvolvi­da pela chinesa Sinovac Life Science e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.

“A autoridade maior deste país fez uma campanha até do­mingo [contra a Coronavac]. Até domingo (17), a vacina era a inimiga número 1 do nosso pre­sidente”, afirmou Dimas Covas. Para o diretor do Butantan, a campanha negativa “usando até um nome muito esquisito para se referir a essa vacina”, influen­ciou no atraso da conclusão da produção da CoronaVac.

Covas cobrou ainda que Bolsonaro defenda a Corona­Vac. “A vacina agora é do Bra­sil, o nosso presidente tenha a dignidade de defendê-la e de solicitar, inclusive, apoio, do seu Ministério de Relações Exteriores, na conversa com o governo da China. É o que nós esperamos”, disse, referindo-se às dificuldades em importar matéria-prima e insumos para a produção da vacina.

“Eu espero que fique agi­lizada agora com a aprovação de uso emergência pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilân­cia Sanitária), porque agora é outro status, né? E pela própria incorporação da vacina ao um programa nacional de imuni­zação”, ressaltou o diretor do Instituto Butantan.

Doria fez mais críticas a Bolsonaro. “Nós iniciamos um programa de imunização no Brasil com uma única vacina, que só existe e está em solo brasileiro porque o governo do Estado de São Paulo, o Institu­to Butantan e pessoas destemi­das levaram adiante o projeto e a iniciativa de termos uma vacina brasileira com o apoio da China para a imunização em nosso país, mas repito: onde estão as outras vacinas? O Brasil vai precisar de mais vacinas”, afirmou.

O governador listou o que afirma serem outras falhas do governo federal: “Falta de se­ringas, de agulhas, falta de lo­gística”. Também mencionou o desperdício de testes que venceram. Lembrou que con­tinua necessário realizar exa­mes. “Até quando vamos ter a incompetência do governo fe­deral?”, indagou.

Doria também ouviu gritos de protestos de alguns servido­res da área da saúde e de sindi­catos que representam a classe. Os manifestantes gritaram pa­lavras de ordem, pedindo rea­juste salarial. Eles exibiam fai­xas com frases nesse sentido.

O governador chegou ao HC em um carro oficial e pa­rou dentro da unidade. Ele esteve sempre cercado por seguranças. A Polícia Militar também estava presente. A se­gurança foi maior quando João Doria passou perto do grupo. Não houve incidente.

Além dos profissionais da saúde, alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro também estavam presentes nas proximidades do HC. Eles levavam bandeiras do Brasil, vestiam verde e ama­relo e gritavam palavras de apoio ao presidente.

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