Tribuna Ribeirão
Política

Doria confirma Kassab e Garcia

O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), confir­mou nesta segunda-feira, 5 de no­vembro, que seu vice, o deputado federal Rodrigo Garcia (DEM), vai ocupar a Secretaria de Estado de Governo a partir de 1º de janei­ro. O tucano também anunciou que Gilberto Kassab (PSD), atual ministro das Comunicações do governo Michel Temer (MDB), será o secretário da Casa Civil de sua administração.

Durante a entrevista de cole­tiva, em São Paulo, Kassab anun­ciou que o governo do PSDB vai criar a Secretaria do Interior para dar mais atenção aos mu­nicípios. Em vídeo divulgado pela manhã, durante a 10ª reu­nião da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, Doria decla­rou que, a partir de 2019, exer­cerá um governo municipalista.

Ao anunciar Kassab para a Casa Civil e Garcia para a articu­lação de governo, Doria prometeu reduzir secretarias e fazer um go­verno “mais enxuto e focado”. Em coletiva de imprensa, o tucano fa­lou em diminuir custos de comis­são e dar um novo desenho insti­tucional à gestão. Uma das pastas a serem criadas, de acordo com Kassab, é a Secretaria do Interior.

João Doria já havia dito, em 29 de outubro, um dia após de vencer Márcio França (PSB) nas urnas, que Ribeirão Preto será a primei­ra cidade a receber uma unidade do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baeps) – com 300 policiais – e um braço do Depar­tamento de Investigações Crimi­nais (Deic).

O ex-chefe de gabinete de Do­ria na prefeitura da capital, Wilson Pedroso, deve assumir a mesma função no governo estadual e cui­dar das articulações políticas ao lado de Garcia e Kassab. Wilson Pedroso e Rodrigo Garcia são os responsáveis por coordenar a transição de governo. O ex-pre­feito de São Paulo deve anunciar ao longo da semana nomes que ocuparão outras pastas. Doria já informou que gostaria de ter um policial ocupando a pasta da Se­gurança Pública, mas ainda não definiu se seria civil ou militar.

O tucano também avalia le­var para o Palácio dos Bandei­rantes antigos aliados que estive­ram com ele na prefeitura, como Júlio Serson, que foi secretário de relações internacionais. Ou­tro nome cotado é o de Fabio Santos para a subsecretaria de Comunicação. O governador eleito também gostaria de levar para a administração quadros que convidou em 2016, mas que declinaram. Os convites ainda não foram feitos formalmente. O atual governador Márcio Fran­çadeve indicar esta semana os no­mes para participar da transição ao lado do grupo de Doria.

Réu em uma ação por impro­bidade administrativa e acusado de ter recebido R$ 21 milhões via caixa dois na campanha à prefeitura de São Paulo em 2008, Kassab disse que as acusações contra ele são “infundadas” e foi defendido por Doria. “Não há ju­ízo final (sobre Kassab). Não gera nenhum tipo de problema. Ele foi um apoiador de nossa candidatu­ra desse a primeira hora”, afirmou o governador eleito.

Rodrigo Garcia, por sua vez, passará a fazer a articulação de governo, mas Doria disse que a pasta será extinta. Segundo Garcia, a extinção está sendo analisada juridicamente. A co­letiva contou com uma “plateia” de aliados. Estavam o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Cauê Macris (PSDB), além dos deputados estaduais paulistas Marco Vinholi (PSDB), Delega­do Olim (PP) e Fernando Capez (PSDB) e do deputado federal Vanderlei Macris (PSDB).

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