A prefeitura de Ribeirão Preto divulgou nesta sexta-feira, 19 de julho, o local onde pretende construir a nova Escola de Ensino Fundamental (Emef) Professor Domingos Angerami. A apresentação foi feita pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) durante inspeção no local. Ele também sancionou a lei aprovada pela Câmara de Vereadores que permitiu a mudança de finalidade de utilização do terreno, antes considerado área verde, para viabilizar a obra. Acompanhado do secretário municipal da Educação, Felipe Elias Miguel, o tucano anunciou que a nova unidade escolar será na avenida Julieta Engrácia Garcia, no Jardim Pedra Branca, e a construção foi necessária por causa da interdição pela Justiça de Ribeirão Preto, em setembro do ano passado, da antiga escola. O Conjunto Pedra Branca faz parte do Complexo Ribeirão Verde, na Zona Leste da cidade. Na época, o juiz Paulo Cesar Gentile, da Vara da Infância e da Juventude, com base em pedido feito pelo promotor da Educação, Naul Felca, apontou a existência de gravíssima situação de risco de incêndio no local já que, ela apresentava graves problemas estruturais, entre eles, na rede de energia elétrica. A situação era tão grave que o imóvel sequer pode ser reformado. Em 17 de julho do ano passado, os 400 alunos foram transferidos para uma antiga unidade do Serviço Social da Indústria (Sesi) localizada na Vila Tamandaré, região do bairro Campos Elíseos. O local fica 5,7 quilômetros de distância da antiga escola. A transferência completou um ano. Segundo a administração municipal, a próxima etapa será a abertura do processo licitatório. Estes trâmites, caso não haja contestações durante o certame, deverão demorar 90 dias. Já as obras levarão cerca de doze meses, por isso a escola só deverá começar a atender em 2021. Com uma área de 7.400 metros quadrados, a nova Professor Domingos Angerami terá capacidade para 800 alunos, doze salas de aula, laboratório de informática, sala para de leitura e quadra poliesportiva coberta. A estimativa é que serão investidos R$ 10 milhões nas obras e R$ 2 milhões para equipá-la. Construído na década de 1940, o prédio da Domingos Angerami foi interditado devido às más condições das instalações elétricas e o risco de incêndio no local. A pasta alega que o local passou por mudanças estruturais sem o devido cuidado com o projeto de engenharia.
Outra interdição
A Emef Domingos Angerami não foi a única escola municipal interditada por causa de problemas estruturais. No dia 10 de abril deste ano, o juiz Reginaldo Siqueira, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, também atendendo pedido feito prlo promotor Naul Felca, determinou a interdição do Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) Antonio Palocci, no Jardim José Sampaio, na Zona Oeste da cidade. A interdição foi determinada por causa , de problemas estruturais, principalmente na rede elétrica, apontados pelo Ministério Público Estadual (MPE) em ação civil. As aulas para os cerca de 800 alunos só foram retomadas 40 depois da interdição, quando a prefeitura terminou as obras de manutenção na unidade.