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Doenças da próstata: câncer – Final

Aqui mesmo nesse espaço já tivemos a oportunidade de tecer comentários sobre as diversas doenças da próstata, essa importante glândula masculina. Como qualquer órgão do corpo humano a próstata também está sujeita a ser acometida por câncer. E por estar relacionada com a função sexual do homem existe uma certa rejeição a ser discutida pelos homens, o que é responsável por diagnóstico tardio trazendo consequ­ências que podem significar a diferença entre viver e morrer.

O câncer de próstata na maioria dos casos é de evolução lenta o que possibilita o seu diagnóstico precoce trazendo a vantagem de ter cura definitiva nesses casos. O câncer de próstata chega a ter mais de dois milhões de casos por ano entre os brasileiros.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda a idade de 45 anos para o homem procurar o médico urologista que é o médico especialista em doenças do aparelho gênito-urinário. Mas se houver caso de câncer de próstata nos ancestrais como pai e tios essa idade deve ser reduzida para em torno dos 40 anos.

Desse modo, a presença de câncer de próstata em pessoas da família o homem tem o dobro de chance para desenvolver câncer de próstata. Então, uma resposta à pergunta: Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata? Além do mencionado componente familiar (fator genético) podem ser citados a dieta rica em gorduras, carnes ver­melhas e pobre em legumes, vegetais e frutas, bem como a falta de atividade física, obesidade (estatísticas mostram que nessa população o câncer de próstata é mais agressivo) e mais: na raça negra essa doença é mais prevalente do que na população branca, assim como os habi­tantes do continente americano são mais acometidos do que os orientais.

E quais são os sintomas do câncer de próstata? Na fase inicial a maior parte não tem sintoma importante algum, entretanto, alguns homens podem apresentar sintomas idênticos àqueles da Hipertrofia Prostática Benigna (H.P.B.) quais sejam dificuldade para urinar ou de esvaziar completamente a bexiga, ou ter que levantar mais vezes à noite para urinar. Pode em alguns casos ser notado a presença de sangue no esperma.

Na vigência de qualquer desses sintomas o homem deve procurar um médico urologista que vai estabelecer o diagnóstico de câncer de próstata a partir das informações que o pacien­te vai fornecer a ele e juntamente com o exame físico que consiste principalmente do toque retal e dos exames de laboratório como sangue, urina e do nível de um exame, também de sangue, chamado PSA (Antígeno Prostático Específico) na sigla original em inglês.

O médico urologista vai reunir esses dados e, pode confirmar com a realização de exa­mes de imagens principalmente o ultrassom transretal de próstata ou a ressonância nuclear magnética e finalmente com a realização da biópsia de próstata, que fecha o diagnóstico.

Estabelecido o diagnóstico, o médico especialista, juntamente com o paciente e seus familiares que estão acompanhando o caso, vão decidir em conjunto a melhor forma de tratamento para o caso. Entre elas, se o tumor ainda estiver localizado na próstata, uma moda­lidade muito útil é a retirada completa da próstata através de um procedimento cirúrgico rela­tivamente simples. Outra modalidade de tratamento é a Radioterapia também procedimento simples e que a médio e longo prazos tem resultado equivalente ao procedimento cirúrgico.

Mas deve ser lembrado que, nós médicos, consideramos sempre que “cada caso é um caso” e dessa discussão entre o especialista e o paciente e seus familiares fazem a escolha da melhor opção para cada caso em si. Já se no momento do diagnóstico o câncer já estiver disseminado para outras partes corpo essas opções de tratamento podem ser acrescentadas com a quimio-terapia que tem o objetivo de destruir as células e tecidos cancerosos. Esses procedimentos médicos podem ter sequelas sendo duas as mais significativas, quais sejam a incontinência urinária e a disfunção erétil ou impotência sexual.

Ambas têm também tratamento e podem ser realizadas tanto com remédios no caso da impotência sexual como com a fisioterapia, modalidade bastante eficiente notadamente nos casos da incontinência urinária. Convém lembrar que só o médico urologista está habilitado a receitar os remédios para a impotência e o homem não deve em hipótese alguma tomar remédios como Viagra e outros por conta própria principal­mente esses “milagrosos” que são vendidos pela internet.

Recentemente foi incorporado ao tratamento cirúrgico a modalidade de interven­ção utilizando o robô. Trata-se de uma inovação de grande importância por apresentar uma precisão maior do que a intervenção pela mão humana além de eliminar muito as duas sequelas mais comuns que são a incontinência urinária e a disfunção erétil (impo­tência sexual) que constituem motivo de enorme preocupação para os homens.

A modalidade de cirurgia de próstata robótica é realmente um grande avanço, sendo, entretanto, um grande obstáculo é o fato de os planos de saúde ainda não haver incorporado em suas listas de procedimentos e também o SUS ainda não financia.

Com todas essas tecnologias diagnósticas e terapêuticas, cabe ao homem realizar a lição de casa, qual seja ao atingir a idade dos 40 ou 45 anos procurar um médico urologista e realizar seus exames preventivos anuais podendo assim desfrutar de uma vida saudável através também de uma atividade física diária, controlar o peso, usar uma dieta balanceada e não fumar de jeito nenhum e assim o homem tem todas as condições para ter uma vida longa e feliz.

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