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Doenças da pele: vitiligo – Final

Entre as diversas doenças da pele que causam, além de des­conforto e constrangimento, por afetar as partes visíveis do corpo e também o território íntimo ligado ao sexo, está o vitiligo.

Esta é uma doença que causa uma coloração esbranqui­çada na pele sob a forma de manchas. Os pelos da pele na região esbranquiçada também se tornam brancos, indepen­dente da idade da pessoa podendo também afetar o interior da boca e do nariz.

As causas do aparecimento dessa doença, não estão bem esclarecidos, mas a hipótese de ser uma doença autoimune é uma possibilidade, bem como a de estar associada ao estresse, tanto físico como emocional, são fatores que comprovadamen­te contribuem para o seu aparecimento e/ou agravamento.

O tamanho das manchas é variável e a doença não é contagiosa, mas as pessoas em geral se assustam, quando as manchas são extensas ou afetam certas partes do corpo como a boca, os olhos ou as partes íntimas.

O vitiligo é uma doença que, em geral, não traz sintomas e a pessoa pode ficar longos tempos sem sentir nada.

Em poucas pessoas pode aparecer sensibilidade maior nas áreas afetadas. No entanto, em outros pacientes, sintomas emocionais estão presentes e o médico encarregado precisa abordar também o comportamento mental desses pacientes.

O vitiligo pode acometer só uma parte do corpo ou am­bas. Os territórios do corpo mais acometidos são as mãos, os pés, o nariz, a face, a boca, os olhos, couro cabeludo e órgãos sexuais tanto do homem como da mulher. O vitiligo, aliás como muitas doenças, é familiar e cerca de 30% dos portado­res têm familiares também com a doença.

O vitiligo pode aparecer em qualquer idade e se associar a doenças imunológicas como doenças da tireóide, hepatite autoimune e outras.

O vitiligo tem tratamento? A resposta é sim e o tratamen­to funciona muito bem, só que, como o tratamento é quase sempre muito demorado, o médico precisa investir pesado na conquista da adesão do paciente, sob pena de fracassar o tratamento e a doença continuar aumentando.

O tratamento é individualizado, quer dizer, depende de cada tipo de lesão, e se trata de uma doença em evolução, quer dizer, se as lesões estão progredindo mais ou menos devagar.

O paciente portador de vitiligo, em geral, é uma pessoa muito sensível e precisa de suporte e apoio, para aderir ao tratamento. Os resultados do tratamento, quando bem con­duzido, é satisfatório, fazendo não só impedir a progressão da doença, como regredir as lesões, trazendo de volta a colora­ção normal da pele.

O estresse tanto físico como principalmente emocional é um fator que, se presente, prejudica a eficácia do tratamento. As manchas da pele, principalmente nas partes visíveis do corpo, impactam negativamente a qualidade de vida e a auto­estima da pessoa.

Os pacientes de vitiligo devem evitar fatores que precipi­tam o aparecimento de novas lesões ou pioram as já existen­tes, como usar roupas apertadas ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele e não se expor ao sol de jeito nenhum.

Em suma: se o paciente encontrar apoio, estímulo e valo­rização do médico especialista, ele tem chances de manter o pique e aderir ao tratamento. E é isso que, eu dr. Adão, desejo para você: se for portador de vitiligo, não desanime. Você pode ter uma excelente resposta ao tratamento e ficar livre dessa doença e assim, reunir todas as condições para ter uma vida longa e feliz.

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