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Doença de Alzheimer: é possível prevenir – final

Nós já tivemos a oportunidade de apresentar, aqui mesmo nesse espaço, as características de uma doença relacionada ao envelhecimento das pessoas e que devido a sua gravidade e prevalência consegue impactar enormemente a vida da pes­soa e a sociedade brasileira: a Doença de Alzheimer.

Sim essa doença já é a quarta causa de óbito nos Estados Unidos, só perdendo para o Infarto, o AVC (Acidente Vascu­lar Cerebral) e o câncer. A Doença de Alzheimer se caracteri­za por uma piora progressiva dos sintomas que inicialmente são poucos e às vezes até ficam estabilizados por um tempo. Depois volta a piorar e se não houver uma intervenção com remédios, a doença segue o seu curso para pior.

Essa doença tem sido estudada com afinco e dedicação principalmente nos Estados Unidos, Reino Unido, Europa Ocidental, China e Japão. Graças a esses estudos foi possível agrupar os sintomas em três etapas: na primeira, às vezes não bem percebida pela pessoa, seus familiares e amigos e atri­buem à velhice.

Há comprometimento da linguagem e da fala, depois ela perde a memória para fatos que acabou de acontecer e ela não se lembra assim como não sabe os dias da semana e as horas, perde o interesse, fica inativa, passa a ter alterações de humor e a depressão surge. Mas pode ocorrer também raiva e a pessoa torna-se agressiva.

No estágio intermediário a pessoa passa a perder a memó­ria para fatos recentes e não sabe o nome das pessoas ao seu redor. Nessa fase a pessoa já não consegue se auto gerenciar e não consegue viver sozinha. A pessoa se perde dentro ou fora de casa, tem dificuldades para dormir e passa a ter alucina­ções, isto é, ela vê coisas que não existem.

No estágio avançado a pessoa passa a depender totalmen­te de outros, não consegue comer, não reconhece parentes e amigos, tem dificuldade para caminhar e a pessoa vai para a cadeira de rodas ou fica acamada.

É importante notar que muitas doenças têm fatores de risco e a Doença de Alzheimer também tem. Foi observado que ela é mais frequente nas pessoas que são sedentárias, isto é, que não praticam qualquer atividade física, nos obesos, nos fumantes, nos que se expõem ao fumo passivo, naqueles que têm pressão alta ou que têm colesterol aumentado, nos que têm diabetes tipo 2 mal controlado e nas pessoas que não consomem frutas, verduras e legumes em suas dietas.

Uma característica marcante nos portadores da Doença de Alzheimer é a dificuldade de fazer contas e operar com os números. Outra condição marcante nesses doentes é ter delí­rio como acreditar que foi roubado, ele desconfia de qualquer pessoa, tem depressão ou fica apático. Ao se observar esses sinais, os familiares têm a obrigação de procurar assistência médica com um médico clínico geral, neurologista, geriatra ou psiquiatra.

Diagnóstico confirmado deve-se iniciar o tratamento o quanto antes, pois as chances de se diminuir a evolução da doença são maiores. Deve-se considerar que uma cura defini­tiva ainda não existe, mas uma prevenção da doença a partir do conhecimento do histórico familiar e dos fatores de risco pode ser considerada. Os especialistas acreditam que manter a cabeça ativa e uma vida social estimulante com leituras, fazer contas e evitar o isolamento permite à pessoa prolongar a sua vida e ser feliz.

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