Tribuna Ribeirão
Política

Dodge quer que Gilmar Mendes restaure prisão de Barata

A procuradora-geral da Re­pública, Raquel Dodge, pediu nesta segunda-feira (4) que o mi­nistro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), re­considere sua decisão da última sexta (1º) de libertar – pela tercei­ra vez– o empresário Jacob Bara­ta Filho, conhecido como o “Rei do Ônibus” do Rio de Janeiro. Ela requer que a prisão preventiva decretada no mês passado pelo TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) seja restaurada.

Caso Mendes não ceda, o recurso de Dodge solicita que a decisão seja submetida à 2ª Tur­ma do Supremo, da qual também fazem parte os ministros Celso de Mello, Dias Toffoli, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski.

Esta foi a terceira vez que Gilmar manda soltar Barata. Em agosto, o ministro deu ha­beas corpus para o “Rei do Ôni­bus” em duas oportunidades se­guidas, derrubando decisões do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio. Bara­ta Filho deixou a Cadeia Públi­ca José Frederico Marques, em Benfica, na capital fluminense, na noite de sábado (2).

Em novembro, dois novos decretos de prisão foram expe­didos contra Barata, um pelo TRF2, o outro pela 7ª Vara. Os investigadores alegaram que o empresário não teria se desliga­do de suas empresas e continu­ava sendo seu administrador, determinação judicial.

Na decisão publicada na sexta, Mendes argumenta que os supostos crimes cometidos por Jacob e que integram o ter­ceiro pedido de prisão são ante­riores à aplicação das medidas cautelares do habeas corpus deferido em agosto.

No agravo regimental, a pro­curadora-geral questiona a com­petência regimental de Mendes para decidir sobre o habeas cor­pus, lembrando que os processos da operação Cadeia Velha, defla­grada no âmbito do TRF2, foram sorteados para o o ministro Dias Toffoli. Ela cita ainda que o ma­gistrado negou liberdade aos de­putados estaduais Jorge Picciani e Paulo Melo, ambos do PMDB, presos na mesma operação.

Segundo a PGR (Procurado­ria-Geral da República), “além de agir despido de competência para tanto”, Mendes “afrontou a com­petência do ministro Dias Toffoli para fazê-lo, em clara ofensa à re­gra do juiz natural.”

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