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Dízimo: ato de amor e gratidão! – Parte I

Falar em Dízimo significa falar em dinheiro, e isso é um tanto complicado entre cristãos católicos, já que a nossa religião parece ser a mais liberal da face do mundo. Situados numa determinada “Cultura de Sobrevivência”, tornamo­-nos mais “pedintes” do que “agradecidos”.

Na medida em que entendemos nossa Igreja, como um “supermercado de sacramentos” nos comportamos demasiado “interesseiros”. Esquecemos que o dízimo é um verdadeiro e profundo ato de amor e gratidão!

Tudo é de Deus. Nada nos pertence. O que temos, se nos é simplesmente emprestado. Poderíamos dizer que com o Dízimo consciente e comprometido, Deus testa nosso amor e nossa gratidão pelo dom da vida e tudo que Ele nos concede para sermos felizes e realizados.

A palavra dízimo significa a décima parte. No Antigo Testamento os Hebreus deviam contribuir para os serviços do templo, com o dízimo, isto é, a décima parte do que colhiam ou lucravam.

Para o católico a palavra dízimo quer indicar uma contri­buição para a Igreja, contribuição que deve ser sistemática (de preferência, mensal), de compromisso moral – por amor, não por obrigação – e fixado de acordo com a consciência moral de cada um.

É uma forma de retribuição do homem a Deus! O homem de fé reconhece que Deus é bondade. Criou o Universo e as coisas materiais. O Universo é um dom do Pai, para que o homem o possua e o transforme. O homem de fé oferece uma parte do que possui em sinal de reconhecimento ao Pai, doador de todo o bem. Não damos diretamente a Deus, pois Ele não precisa de nossos bens (do nosso dinheiro), mas colocamos a serviço desse corpo, a Igreja, pois, a comunidade é fruto da colaboração de todos.

O dízimo não é só arrecadação financeira, mas é um sistema e método de formação comunitária com informações claras, contatos, reuniões e prestação de contas. As finalidades do dízimo, seu destino ou aplicação são: para a conservação, manutenção e ampliação da vida e das atividades da comuni­dade, de que fazemos parte e servimos. Para pagamentos de luz, água, telefone, impostos, consertos, e bens da Igreja.

Para compra de velas, hóstias, vinho de missa, paramentos e objetos litúrgicos necessários para as celebrações. Para paga­mento de folhetos e compra de flores. Para limpeza da Igreja e seu jardim. Para a manutenção do padre e dos funcionários. Para as despesas com serviços paroquiais, como: catequese, encontros, cursos de formação e outros. Não por último, o dízi­mo deverá contemplar sempre os mais pobres da Comunidade: aqueles que não têm como dar sua própria colaboração, bem como colaborar com a dimensão missionária da Igreja!

Em tempo de pandemia, temos a real consciência de que muitos fiéis de nossas comunidades de fé, oração e amor, pas­sam por dificuldades profundas e muitos nem mesmo conse­guem dispor da digna manutenção básica. Isso naturalmente afeta também as receitas de manutenção de nossas Igrejas.

Mesmo assim tem sido o dízimo a manter nossas ativi­dades litúrgicas e pastorais, embora utilizando-nos mais do que nunca das novas tecnologias de comunicação. Somos profundamente agradecidos pela fidelidade de nossos amados fieis. Continuaremos nossa reflexão na próxima semana, na segunda parte de nosso artigo, que deseja ser antes de refle­xão, mais do que de petição!

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