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Distanciamento mais que necessário

Estamos atravessando mais uma fase vermelha do Plano São Paulo de retomada das atividades, em função da pande­mia de covid-19. E estamos novamente nesta fase porque não conseguimos reduzir a transmissão, o número de casos da doença aumentou e as internações em Unidade de Terapia In­tensiva (UTIs) e enfermarias também se avolumaram. Desta vez todo o estado de São Paulo está na mesma fase, porque a situação atinge a todos os paulistas, mas podemos mudar isso nas próximas reclassificações do Plano São Paulo. Temos, entretanto, que fazer jus ao avanço a fases menos restritivas.

Estamos aumentando nossas estruturas de atendimento, com o aumento do número de leitos e disponibilização de serviços médicos e com a abertura de um novo Polo Covid no prédio da Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) Central. O aumento de estrutura, no entanto, será ineficiente caso o número de infectados continue em ascensão. E também há limitações para este incremento na estrutura. Precisamos de recursos humanos, espaços físicos e equipamentos, que não surgem da noite para o dia, mesmo que tenhamos os recursos financeiros necessários, o que nem sempre ocorre.

Para isso temos que manter os hábitos já exaustivamen­te preconizados, como higienizar as mãos constantemente, usar álcool em gel, usar máscaras e manter o distanciamen­to possível. É certo que a maioria das pessoas não pode ficar em casa, mas muitos podem se isolar o maior tempo possível. Quem precisar sair de casa deve manter distância de outras pessoas, evitar aglomerações e proximidade com outras pessoas. Ninguém sabe onde o vírus está. Portanto, pode estar em qualquer lugar. Assim sendo, todo cuidado parece ser insuficiente.

Hoje são muitos os trabalhadores e empresários prejudica­dos por estas restrições de atividades impostas exclusivamen­te por critérios médicos e científicos. Trabalhamos e torcemos para que os contágios diminuam, que as internações cessem e as demandas por atendimentos médicos se reduzam. Porque praticamente todas as energias estão voltadas para a atenção à covid, enquanto é preciso cuidar de outras doenças que continuam a acometer pessoas. Ao mesmo tempo, precisamos reunir condições para voltar às atividades rotineiras e neces­sárias. Mesmo que de forma diferente e cautelosa.

Infelizmente o que vemos é que mesmo com todas as restri­ções de atividades, há um grande número de pessoas nas ruas. Acredito que a maioria precisa mesmo sair, cumprir tarefas, comprar coisas, buscar algum atendimento etc. Mas pelo menos parte pode adiar afazeres e colaborar com o distanciamento so­cial tão necessário neste momento. Porque nossa única forma de reduzir a expansão de ação do vírus é exatamente pela circulação mínima das pessoas. Não há outra solução.

Trabalhamos sempre para o atendimento ágil e de qualida­de para todas as pessoas. Queremos oferecer o melhor a todos nessa crise que a saúde atravessa. Precisamos, na outra ponta, que as pessoas evitem o contágio. Atuando de forma compar­tilhada. Assim, de um lado curamos os que se infectaram e, do outro, reduzimos o número de doentes pela diminuição de casos registrados. Desta forma chegaremos à evolução para a retomada segura e crescente das atividades.

De outro modo, infelizmente, não conseguiremos a segurança necessária à volta de uma situação de normalida­de, sempre ficando sujeitos à instabilidade constante, o que é péssimo para a saúde, para a economia, para a sociedade como um todo. Um cenário indesejável para todos, sob todos os aspectos.

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