Em cumprimento à decisão judicial, a Polícia Federal de Ribeirão Preto deu, recentemente, abertura em inquérito criminal para apuração de delitos confessados e de outros fatos constantes nos autos que possam ser considerados delituosos nas atividades do Sindicato dos Bancários de Ribeirão Preto e Região, que responde por 45 cidades.
O presidente da entidade, Silvio Gonçalves, já prestou seus esclarecimentos à PF no mês passado e, na tarde desta quinta-feira, 7 de março, para possibilitar à Polícia Federal o aprofundamento das investigações na entidade, apresentou os documentos necessários para instruir o caso.
“Gonçalves, respeitando a entidade, tentou acertá-la internamente por meio de auditoria independente, mas isso não foi possível. Ele lutou durante quatro anos para deixar o sindicato transparente e que pudesse estar realmente a serviço dos bancários e não de diretores”, diz nota da assessoria.
“Contudo, não foi possível, pois os diretores não obedecem nem ordem judicial, afrontam o estatuto, manipulam documentos e simulam assembleias, não restando alternativa, senão as medidas drásticas a serem tomadas de agora em diante”, diz o comunicado. Atualmente, a contabilidade da entidade é auditada mês a mês, incluindo processo de informática moderno, a fim de promover a transparência das ações financeiras do sindicato, por exemplo.
Uma batalha judicial marca a disputa pelo poder na entidade, que representa cerca de quatro mil trabalhadores – somente em Ribeirão Preto são mais de 200 agências. O caso tramita em segredo de justiça. Em abril do ano pasado, a PF foi acionada para reconduzir Gonçalves ao cargo. Hélio Luiz da Silva, vice do ex-presidente Valdomiro Ruiz, afastado, recorreu.