Tribuna Ribeirão
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Diplomacia brasileira 

Sérgio Roxo da Fonseca *
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Taís Costa Roxo da Fonseca **
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Os jovens estudantes brasileiros, muito poucos, apresentam-se para a complementação dos nossos serviços diplomáticos. Os jovens brasileiros quase sempre, mas nem sempre, buscam a sua profissionalização a certa distância da representação estrangeirado nosso pais. Observa-se que, infelizmente, os paulistas sempre se apresentam em menor número.

Tivemos oportunidade de conviver com alguns diplomatas. Dois deles parentes de nossa mãe, nascidos em Minas Gerais.

Eu mesmo encontrei um rapaz tendo em suas mãos o “Ulisses”, escrito por James Joyce. Perguntei onde teria comprado o livro. Em Portugal, respondeu. Para em seguida indagar onde eu tinha encontrado notícia da obra. Respondi que lia nos jornais artigos sobre ele escrito por um tal de José Guilherme Melchior. Imediatamente me disse que José Guilherme era ele. Fiz grades elogios aos seus escritos.

Dias depois li num jornal um texto que identificava os dois gênios brasileiros da então nova geração. O jornalista sustentava que gênio nasce gênio. Um deles era um mineiro que jogava futebol no Santos e que  se chamava Pelé. O outro era um rapaz que se chamava José Guilherme Melchior que, quando nasceu já chorava em meia dúzia de idiomas diferentes. O Pelé tornou-se o Pelé. O José Guilherme foi aprovado no Itamarati, convertendo-se num dos mais respeitados diplomatas brasileiros. Faleceu prestando serviços como embaixador na França.

Esses acontecimentos surgem em nossa lembrança ao lado do atual grande sucesso dos diplomatas e do governo brasileiros que conseguiram instalar uma reunião no Rio de Janeiro com os representantes de quase todos os países para examinar como o mundo segue agora a largos passos correndo em busca da tristeza.

A diplomacia brasileira tomou um vulto ainda desconhecido. E o enfraquecido mundo terrestre ganha a voz de um povo que luta e lutará sempre pela sua sobrevivência. Graças, com certeza, pelo enorme trabalho realizado não apenas pelo governo brasileiro, mas especialmente pelo trabalho de seus diplomatas.

O Velho Testamento narra a caminhada realizada pelos judeus, atravessando a península arábica para alcançar a Terra Prometida. No final da enorme caminhada, submetendo-se aos mandamentos divinos, revelados por Moises, chegaram ao Monte Nebo.

Lá embaixo estava Jericó, banhada pelo Rio Jordão. Deus, segundo a Bíblia, ordenou que os judeus tomassem Jericó e matassem tudo que lá pudessem encontrar, até mesmo os cabritos, menos as prostitutas. Até hoje a passagem bíblica é estudada pelos jovens vocacionados pelo estudo diplomático.

Quem hoje visita o Monte Nebo encontra um monumento fixado pelo Papa Francisco com os seguintes dizeres: “Unus Deus, pater omnium, super omnes” (um só Deus, pai de todos, acima de todos). .

* Advogado, professor livre docente aposentado da Unesp, doutor, procurador de Justiça aposentado, e membro da Academia Ribeirãopretana de Letras

** Advogada  

 

 

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