Tribuna Ribeirão
Economia

Diesel terá nova alta nas bombas

© Fernando Frazão/Agência Brasil

A partir da próxima terça­-feira, 5 de setembro, o preço do litro do diesel vai ficar, em média, R$ 0,11 mais caro, em todo o Brasil. O motivo é a volta da cobrança de PIS/Cofins so­bre o preço do combustível que se dará de forma progressiva conforme a medida provisória 1.175/2023, assinada pelo go­verno Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A gasolina e o etanol não tiveram alteração tributária.

A alíquota do PIS/Cofins sobre o diesel estava zerada des­de março de 2021. Em Ribeirão Preto, o cenário que envolve o diesel é um pouco diferente de­vido a alguns fatores específicos. Além do reajuste de R$ 0,78 centavos que a Petrobras já havia anunciado no último dia 15 de agosto, no sábado (19) o oleodu­to que sai da Replan, em Paulí­nia (SP), e passa pela região, teve o bombeio interrompido.

Ocorreu um procedimento de manutenção emergencial que durou quase uma semana, o que praticamente desabasteceu o mercado local e regional. Com a severa escassez do produto por aqui, fato que ainda não se nor­malizou, o preço disparou ainda mais nas bombas, com o litro de diesel chegando a ser comer­cializado a R$ 7,00, em alguns postos locais e regionais. E ago­ra, com a primeira etapa de reo­neração do PIS/Cofins, o preço terá um acréscimo de mais R$ 0,11 centavos.

“O que vai dar uma aliviada será a normalização do bom­beio no oleoduto, de forma a recuperar um pouco os estoques das distribuidoras e dos postos. Importante salientar que é mui­to provável que a alta do preço do diesel também reflita, como efeito cascata, na gasolina e no etanol, uma vez que estes tam­bém são transportados por meio de frota movida a diesel”, alerta Fernando Roca, presidente do Núcleo Postos Ribeirão Preto, entidade setorial independente que reúne 85 revendedores de combustíveis da cidade.

Conforme a medida pro­visória, a segunda etapa de re­oneração de PIS/Confis sobre o diesel acontecerá a partir de 1º de outubro de 2023, com acréscimo de R$ 0,13 por litro. A terceira e última etapa está prevista para 1º de janeiro de 2024, com acréscimo de mais R$ 0,11. Assim será atingido o total da alíquota, somando uma alta de preços na ordem de R$ 0,35 por litro de diesel.

Segundo Roca, “No mo­mento os postos estão com es­toques baixos de diesel e não conseguem absorver os reajus­tes por conta desses impostos. O consumidor deverá sentir o impacto da medida conforme as distribuidoras enviarem o pro­duto aos postos revendedores, já com o aumento”, finaliza.

Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 20 e 26 de agosto, o litro do diesel ven­dido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 5,80 (mínimo de R$ 5,39 e máximo de R$ 5,99), ante R$ 5,02 (piso de R$ 4,59 e teto de R$ 5,39), aumento de 2,45% e acréscimo de R$ 0,12 até o dia 19, aporte de R$ 0,78 e alta de 15,54%.

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