Tribuna Ribeirão
Política

Dias Toffoli marca julgamento para dia 7

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, decidiu marcar para 7 de novembro a retomada do julgamento sobre a possibi­lidade de prisão após conde­nação em segunda instância. Com um placar provisório de quatro votos a favor da exe­cução antecipada de pena, e outros três contra, o julga­mento continua na quinta­-feira da semana que vem.

A prisão após condena­ção em segunda instância é considerada um dos pilares da Operação Lava Jato no combate à impunidade. Ain­da faltam votar quatro minis­tros – Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Celso de Mello e To­ffoli, que, por ser presidente, será o último a se manifestar sobre o caso.

O voto de Toffoli deverá definir o resultado do julga­mento. Já se posicionaram contra a execução antecipada da pena os ministros Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e o relator das ações, Marco Aurélio Mello. É esperado que integrem essa mesma corrente os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello, to­talizando cinco votos.

Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux votaram favoráveis a possibilidade de prisão após condenação em segundo grau. O voto da ministra Cármen Lúcia deve ir no mesmo sen­tido. Dessa forma, Toffoli te­ria de desempatar o placar.

Responsabilidade
Na semana passada, Toffo­li disse a jornalistas que ainda está “pensando” o voto que lerá no julgamento. “Eu estou ainda pensando o meu voto. Como o ministro Marco Aurélio sem­pre costuma dizer, estou aber­to a ouvir todos os debates, e como as senhoras e os senho­res sabem, muitas vezes o voto nosso na Presidência não é o mesmo voto, pelo menos eu penso assim, em razão da res­ponsabilidade da cadeira pre­sidencial”, disse Toffoli depois da sessão plenária da última quinta-feira.

“Não é um voto de bancada (de um ministro que integra a Corte), é um voto que também tem o cargo da representação do tribunal como um todo”, completou. Toffoli já defen­deu em duas ocasiões recen­tes uma solução intermediá­ria: fixar o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que funciona como uma terceira instância, para o início da execução da pena. Colegas de Toffoli, no entanto, pretendem conven­cê-lo a manter a atual juris­prudência, que permite a prisão após condenação em segunda instância.

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