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Dia do Professor: comemorar o quê?

Segunda-feira desta semana que se passa, 15 de outubro, como sempre, foi comemorado o Dia do Professor, cantado em verso e prosa por “chefetes politicoides”, principalmente nesta época de eleição, lembrando que esta cantoria incorpo­ra alguns, ainda inocentes, profissionais de ensino.

Quando me iniciei na carreira do magistério, há cerca de meio século, houve, em São Paulo, particularmente na Praça da Sé, um grande movimento reivindicatório do setor, que acredito, ter sido o prenúuncio da derrocada que vem ano a ano mostrando à população aquilo que é feito pelas autorida­des constituídas com os profissionais do ensino.

Recentemente, um editorial da Folha de São Paulo, co­mentando nosso processo eleitoral, analisou o comportamen­to de João Doria e Geraldo Alckmin, efetuando a pergunta de quem traiu quem no processo eletivo. Um prometeu adminis­trar o município de São Paulo por quatro anos e após apenas um, passou a ser candidato ao governo. Outro, deixou de ser o tutor do primeiro pela sede de poder.

O primeiro ainda tem chance, no entanto o segundo, es­pero que encerre sua carreira política e vá clinicar ou voltar a ser anestesista, pois sua anestesia salarial com os professores e particularmente comigo, não pegou. De promessas vãs o qua­dro do magistério, seja no setor pedagógico, de estrutura ou salarial, aposentados ou não, já estamos saturados. Ou seja, o ex-governador Geraldo Alckmin nos traiu diversas vezes.

Não bastasse isto, o nosso Tribuna, na edição de terça feira, 16 de outubro, em seu editorial, fez um excelente levan­tamento estatístico da situação do ensino brasileiro e particu­larmente dos arremedos salariais daqueles que atuam direta­mente nas salas de aula. É uma vergonha para os brasilianos, particularmente os paulistas, e para aqueles que trabalham no que a mídia apresenta como o símbolo de progresso nacional: o nosso querido estado de São Paulo.

Acompanhar a derrocada do nosso ensino causada por culpa exclusiva dos “chefetes politicoides” da educação que estão de plantão 24 horas por dia, pois o povo não tendo uma educação de nível os mantém no poder, é um dos objetivos a expurgá-los de tais funções.

Acredito que estejamos no momento de efetuarmos uma reforma técnica, moral e econômico financeira no sistema educacional brasiliano e, particularmente, no de nosso queri­do e, tão sofrido neste setor, o estado de São Paulo.

É importante lembrar que com educação temos segurança, com educação temos saúde e principalmente, com educação temos educação!

Com a palavra, se é que têm alguma coisa a dizer, que não seja bobagem demagógica, as autoridades de ensino.

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