Tribuna Ribeirão
Economia

Dia de Finados – Comércio quer antecipar vendas

As lojas do varejo de Ribeirão Preto terão abertura facultativa nesta sexta-feira, 2 de novembro, feriado do Dia de Finados, das nove às 17 horas. O Sindicato do Comércio Varejista de Ribei­rão Preto e Região (Sincovarp) prevê maior movimentação nos estabelecimentos, pois muitas pessoas aproveitarão o descanso prolongado para fazer compras e pesquisar preços e produtos. No sábado, dia 3, o atendimento será normal, das nove da manhã às cinco da tarde.

“Com a abertura dos esta­belecimentos do Centro, das principais avenidas comer­ciais e dos bairros, lojistas e consumidores terão a opor­tunidade de anteciparem vendas e compras da ‘Black Friday’ e até do Natal, princi­pais datas sazonais do segun­do semestre”, comenta o pre­sidente do Sincovarp, Paulo César Garcia Lopes.

De acordo com o site ofi­cial da Black Friday (www. blackfriday.com.br), a expec­tativa no ano passado era que a ação alcançasse a marca de R$ 2,2 bilhões no País – um crescimento de 19% em rela­ção a 2016 –, sendo mais de R$ 20 milhões somente em Ribeirão Preto. A estimativa foi gerada a partir do histórico das edições anteriores e com base no tráfego do portal ide­alizador da ação no Brasil.

Além da região central, o va­rejo ribeirão-pretano é forte nos corredores dos bairros – aveni­das da Saudade (Campos Elíse­os) e Dom Pedro I (Ipiranga) e Boulevard. O mercado de flores e velas deve aproveitar o feria­do para incrementar as vendas. Nos quatro cemitérios de Ribei­rão Preto são esperadas 155 mil pessoas neste Dia de Finados –50 mil no Cemitério da Sau­dade (Campos Elíseos), 80 mil no Bom Pastor (Parque Novo Mundo), 20 mil em Bonfim Paulista (Jardim São Leandro I) e cinco mil em um particular no Jardim das Acácias.

As vendas do comércio ri­beirão-pretano caíram 1,21% em novembro do ano passado e subiram 0,38% em dezembro – o Natal ajudou a interromper uma sequência de três meses seguidos no “vermelho”. Em nove meses de 2018, o setor acumula sete quedas e ape­nas dois superávits, em agosto (0,79%) e janeiro. As vendas caíram 1,13% no acumulado de todo o ano passado. O índi­ce foi melhor do que os de 2016 (queda de 2,73%) e 2015 (recuo de 3,78%) e pior que a retração de 0,46% de 2014.

“Black Friday”
Um pouco mais de um ter­ço (37%) das compras da “Black Friday” deste ano, a megaliqui­dação do varejo marcada para a penúltima sexta-feira de novem­bro, é antecipação de compras de Natal. No caso de itens de vestuário, essa fatia é bem maior e chega a 53% do faturamento da megapromoção. Já para os eletrônicos, a participação está abaixo da média e corresponde a 32% das vendas

Os dados fazem parte de uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Fer­raz Pesquisa de Mercado para saber as grandes tendências do evento deste ano. Nos últimos anos, varejistas e especialistas em mercado de consumo já tinham notado que a Black Friday vinha tomando espaço do faturamen­to do Natal. No entanto, não havia um dado que mostrasse a ordem de grandeza desse deslo­camento de vendas.

Apesar da insegurança por parte dos consumidores pro­vocada pelo desemprego em níveis elevados e pelo período pré-eleitoral, a enquete mos­tra que a totalidade dos en­trevistados quer aproveitar a liquidação. Eles também estão dispostos a gastar um pouco mais nas lojas físicas e no co­mércio eletrônico. Neste ano, o desembolso médio nesses canais de vendas deve ser de R$ 1.283 por pessoa.

No ano passado, o gasto médio da Black Friday nas lo­jas físicas e no comércio online tinha sido R$ 1.178, segundo o Ebit, consultoria especializada em informações do canal ele­trônico. De acordo com o Ebit, o comércio eletrônico deve fa­turar R$ 2,43 bilhões na “Black Friday” deste ano, alta de 15% na comparação com o ano pas­sado. O número de pedidos pode registrar uma expansão de 6,4%, passando de 3,76 mi­lhões para 4 milhões.

Um resultado que chama atenção é que, mesmo mais propenso às compras, a des­confiança dos brasileiros nas promoções é elevada. Segundo a pesquisa, para 67% dos entre­vistados, as promoções ainda não estão num patamar sólido. A pesquisa online consultou 403 consumidores, de todos os es­tratos sociais, em quatro Estados (Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul) e o Distrito Federal, entre os dias 10 e 21 de setembro.

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