Os consumidores ribeirão -pretanos já estão em busca do presente perfeito para o Dia das Mães – celebrado neste domingo, 12 de maio. A data é a segunda mais importante para o varejo atrás do Natal. Para ajudar os filhos a encontrar o presente ideal, as lojas do Centro e dos principais corredores comerciais de Ribeirão Preto – avenida da Saudade (Campos Elíseos), avenida Dom Pedro I (Ipiranga) e Boulevard (Jardim Sumaré, Alto da Boa Vista, na Zona Sul) – terão horário especial de funcionamento às vésperas da celebração.
Nesta sexta-feira, 10 de maio, os estabelecimentos estarão abertos das nove às 22 horas, e no sábado (11), véspera do Dia das Mães, atenderão das nove às 18 horas. Em maio do ano passado, o Sincovarp constatou queda de 3,99% nas vendas em comparação com o mesmo período de 2017, quando os lojistas já haviam constatado retração de 1,56%. O recuo do mês foi um dos mais relevantes dos últimos anos, reflexo da greve dos caminhoneiros que parou o País. Nem o Dia das Mães “salvou” o setor. Mas a expectativa é de recuperação em 2019.
O tíquete médio deve ficar em torno de R$ 120, mesmo valor do ano passado, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp). “Para a data especial, filhos e familiares procuram os melhores produtos e preços, além da antecipação das compras, que já começou. Os artigos mais buscados são de uso pessoal como acessórios, calçados, vestuário e perfumaria”, comenta Paulo César Garcia Lopes, presidente do Sincovarp.
Lopes afirma que os comerciantes estão investindo em diversas ações para alavancar as vendas do Dia das Mães, como sorteios, alternativas de parcelamento com cartão de crédito e crediário próprio, o tradicional carnê e descontos para pagamentos à vista. As vendas devem crescer entre 2% e 2,5% na comparação com 2018, segundo a área de Indicadores e Estudos Econômicos da Boa Vista. Para o economista Gabriel Couto, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), os consumidores estão mais cautelosos.
“No momento atual, a economia cresce pouco e o otimismo recente perdeu força com a sinalização de que a recuperação ocorre em nível aquém do esperado”, afirma. Empresários apostam em descontos, promoções e facilidade de pagamento para atrair os consumidores no Dia das Mães, segundo a Boa Vista. Para Couto, esta é uma boa medida para chamar a atenção dos consumidores. Dos 800 entrevistados em todo o Brasil, 80% dos empresários estão otimistas com a data, em comparação ao mesmo período do ano passado, e acreditam que vão vender mais ou igual a 2018.
Pesquisa realizada pela Federação das Câmaras Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP) aponta que as vendas para o período de Dia das Mães podem crescer cerca de 3% neste ano, com tíquete médio variando entre R$ 100 e R$ 200. O setor de vestuário deve ser o mais beneficiado com a data, seguido pelo segmento alimentício e floriculturas. Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima alta real de 3,8% das vendas para o Dia das Mães de 2019 em relação ao ano anterior, com movimentação financeira de R$ 9,7 bilhões neste ano – nível equivalente ao volume de vendas verificado em 2014 (R$ 9,6 bilhões).
As vendas de perfumarias e cosméticos devem liderar a alta, com expansão de 11,1%, espera a CNC. O segmento de vestuário, calçados e acessórios também devem crescer na casa de dois dígitos, com expansão de 10,1%. “Este segmento, aliás, costuma ser o carro-chefe da data, com movimentação esperada de aproximadamente R$ 3,8 bilhões (39% das vendas totais)”, estima a confederação. Já as vendas no ramo de livrarias e papelarias devem registrar forte queda de 21% em relação a 2018.
Levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 78% dos consumidores devem realizar pelo menos uma compra no período – o dado fica bastante próximo dos 74% observados em 2018. Em números absolutos, a expectativa é de que aproximadamente 122,1 milhões de brasileiros presenteiem alguém este ano, o que deve movimentar uma cifra próxima de R$ 24,3 bilhões nos segmentos do comércio e serviços.
A pesquisa ainda revela que no Dia das Mães deste ano, os produtos campeões de venda devem ser as roupas, calçados e acessórios (42%), perfumes (36%), cosméticos (23%) e chocolates (19%). O ranking ainda é formado por flores (15%), maquiagem (13%), ida a restaurantes (12%) e utensílios de cozinha (12%). Já os itens de tíquete médio mais elevado e, que pesam mais no orçamento, aparecem com menos força, como celulares (10%), eletrônicos (10%) e eletrodomésticos (8%).
Em média, cada cliente deve adquirir entre um e dois presentes e apenas 37% dos entrevistados vão consultar a presenteada para descobrir o que ela deseja ganhar. Em cada dez compradores, quatro (38%) devem gastar na faixa de R$ 75 a R$ 150 com os presentes. Já considerando a média total de gastos, o brasileiro deve desembolsar R$ 198,79, cifra superior à média constatada no ano passado, que era de R$ 152,98, o que representa uma alta de 24%, já descontada a inflação acumulada no período.
A pesquisa ouviu inicialmente 711 consumidores de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país para identificar o percentual de pessoas com intenção de gastar no Dia das Mães. Para avaliar o perfil de compra, foram considerados 600 casos da amostra inicial. A margem de erro no geral é de 4,0 pontos percentuais, a um intervalo de confiança de 95%.