Uma pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP) aponta que apenas 28,6% dos varejistas acreditam num aumento significativo de 5% para as vendas do Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, sexta-feira. O levantamento também mostra que 57,1% dos varejistas acreditam que 2017 ofereceu um cenário melhor para as vendas.
“O momento econômico do país e as campanhas eleitorais deixam o consumidor um pouco apreensivo, mas isso não significa que a data passará em branco. Pode ser um ano para presentes mais simples, considerando que o fim de ano ainda tem Black Friday e Natal”, explica o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.
Para 42,9% dos varejistas, os consumidores devem gastar em média o valor entre R$ 60 e R$ 100. Os setores com mais destaque segundo a pesquisa podem ser o de vestuário, alimentação, brinquedos e aumento de movimento em parques e shoppings. A pesquisa foi realizada com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo, que mostraram resultados anteriores e ticket médio esperado para a data.
Já a Boa Vista SCPC projeta um crescimento em torno de 2,5% nas vendas, na comparação com 2017. Com isto, o movimento do comércio na data deve registrar resultado positivo pelo segundo ano consecutivo, após as quedas observadas em 2015 e 2016 (-3,4% e -4,2%, respectivamente).
O crescimento de 2,5% em 2018, porém, deve ser ligeiramente inferior aos 2,7% registrados no ano passado. Segundo os economistas da Boa Vista SCPC, por causa do alto nível de desemprego e da queda da confiança, já é possível notar sinais de enfraquecimento das vendas do varejo, o que tende a se refletir no movimento das datas comemorativas.
Ainda assim, conforme observado nas demais datas comemorativas de 2018, deveremos ter alta das vendas. De acordo com dados da Boa Vista SCPC, sempre na comparação com 2017, o movimento do comércio cresceu 3,2% na Páscoa, 4% no Dia das Mães, 2,2% no Dia dos Namorados e 2,8% no Dia dos Pais.
Em outubro do ano passado, as vendas do comércio ribeirão-pretano caíram 2,84% em relação ao mesmo período de 2016, quando a variação foi ainda pior: retração de 3,57%. Os números são da Pesquisa Movimento do Comércio, realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp).