Tribuna Ribeirão
Economia

Dia das Crianças – Vendas devem crescer 14%, diz CNC

ALFREDO RISK/ARQUIVO

Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), di­vulgada nesta terça-feira, 5 de outubro, estima que a movi­mentação financeira do varejo para o Dia das Crianças, come­morado na próxima terça-feira (12), deverá alcançar R$ 7,43 bilhões. Caso seja confirmada essa expectativa, será o maior faturamento do comércio va­rejista nacional para a data, desde 2015, quando atingiu R$ 7,52 bilhões. Essa é a terceira data mais importante do va­rejo, depois do Natal e do Dia das Mães.

No ano passado, a movi­mentação financeira para a celebração das crianças tota­lizou R$ 6,52 bilhões, menor resultado desde 2009, de R$ 6,18 bilhões, mostrando re­tração de 11,3% em relação a 2019, de R$ 7,35 bilhões. De acordo com o economista sênior da CNC, Fabio Bentes, o avanço de 14% em 2021, já descontada a inflação, é atribuído à fraca base com­parativa de 2020 sobre 2019, quando a receita das vendas somou R$ 7,35 bilhões.

O economista acredita que, tal como aconteceu a partir de 2017 e observado nos anos ante­riores, a tendência é de recupe­ração das vendas. “De 2017 em diante, as vendas vieram cres­cendo pouco, mas cresceram, e foram interrompidas por esse ano atípico de 2020 (devido à pandemia da covid-19)”, diz.

A expectativa de expansão das vendas este ano, se deve ao aumento de 34% na circulação de consumidores registrado desde o fim da segunda onda da crise sanitária, em outubro de 2020, até o final do mês passado. “Isso aí é o lastro do otimismo no comércio. Foi as­sim também nas datas come­morativas pós segunda onda da covid-19. Desde o final da segunda onda, a gente observa um aumento contínuo na mo­vimentação do varejo”.

Segundo a CNC, o ramo de eletroeletrônicos e brinque­dos será mais uma vez o des­taque das vendas para o Dia das Crianças, respondendo por 31% do volume projeta­do, ou o equivalente a R$ 2,31 bilhões, seguido pelo ramo de vestuário e calçados (R$ 2,21 bilhões), com crescimento real em relação à mesma data de 2020 em torno de 28% a 29%.

A análise regional revela que o estado de São Paulo se mantém na liderança absolu­ta, com movimentação finan­ceira de R$ 2,68 bilhões, se­guido por Minas Gerais (R$ 758,5 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 687,2 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 655,7 mi­lhões). Juntos, os quatro es­tados deverão responder por 53,4% do total movimentado na data comemorativa.

A pesquisa mostra, por ou­tro lado, que as maiores taxas em relação a 2020 são espera­das no Espírito Santo (18,3%), Bahia (4,5%) e Paraná (4,4%), onde a recuperação do comér­cio se mostra mais forte do que nos demais estados. Fabio Bentes disse que apesar do au­mento na circulação de con­sumidores, o varejo brasileiro terá dificuldades para evitar repasses aos preços de bens e serviços ao consumidor final diante da inflação anualizada de 10,1%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15).

Os itens que compõem a cesta típica da data aumen­taram 7%, maior taxa desde 2016 (8,8%). Segundo Fabio Bentes, “a crise ainda está nos calcanhares do comércio”. En­tre os produtos e serviços mais demandados nessa época do ano, os maiores reajustes em 12 meses são observados nos pre­ços de bicicletas (15,9%), doces (12,3%) e lanches (10,9%), de acordo com a CNC.

Alerta
Para o Dia das Crianças, o alerta do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tec­nologia (Inmetro) é que os pais estejam atentos à combinação de brincadeira com seguran­ça, principalmente neste mo­mento em que boa parte das compras é feita pela internet. A dica na hora de escolher brinquedos para crianças de até 14 anos de idade, sejam nacionais ou importados, é observar a faixa etária e se o produto tem o Selo de Identi­ficação da Conformidade do Inmetro, porque isso signifi­ca que ele foi submetido aos ensaios de segurança exigi­dos pelo regulamento. O selo do Inmetro é obrigatório em brinquedos desde 1992.

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