Tribuna Ribeirão
Economia

Dezembro terá bandeira verde

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anun­ciou que as contas de luz ficarão mais baratas e terão bandeira verde em dezembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a ban­deira tarifária para dezembro será verde, o que não acontece desde abril. Isso significa que não haverá cobrança extra para os consumidores neste último mês do ano.

Segundo a agência, apesar de os reservatórios das prin­cipais hidrelétricas do País ainda apresentarem níveis re­duzidos, há a expectativa de que a estação chuvosa con­tinue a aliviar as condições desfavoráveis de armazena­mento, reduzindo a pressão sobre o custo da geração de energia. “Mesmo com a bandeira verde é importante manter as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício de energia elé­trica”, declara a Aneel.

Em novembro foi aplicada a bandeira amarela, com adi­cional de R$ 1 a cada 100 qui­lowatts-hora (kWh) consumi­dos. A mudança ocorreu depois de cinco meses seguidos com bandeira vermelha no segundo patamar. Neste nível, que vigo­rou de junho a outubro, a fatura chegava com acréscimo de R$ 5 a cada 100 kWh consumidos. De janeiro a abril vigorou a ver­de, que não tem custo adicional. Em maio, foi adotada a amarela, que adicionava R$ 1 a cada 100 kWh consumidos. A que vai vi­gorar em janeiro será anunciada no final de de dezembro.

Escala
O sistema de bandeiras ta­rifárias leva em consideração o nível dos reservatórios das hi­drelétricas e o preço da energia no mercado à vista. Na bandeira verde, não há cobrança de taxa extra. Na bandeira amarela, a taxa extra é de R$ 1 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) con­sumidos. No primeiro nível da bandeira vermelha, o adicional é de R$ 3 a cada 100 kWh. E no segundo nível da bandeira ver­melha, a cobrança é de R$ 5 a cada 100 kWh.

O sistema indica o custo da energia gerada para possibili­tar o uso consciente de energia. Antes das bandeiras, o custo da energia era repassado às tarifas no reajuste anual de cada em­presa, e tinha a incidência da taxa básica de juros. A Aneel deve anunciar a bandeira tarifá­ria que vai vigorar em novembro no dia 26 de outubro.

As bandeiras são aciona­das em período de escassez de chuvas, quando há redução no nível dos reservatórios nacio­nais. Nesses períodos há o acio­namento de usinas térmicas, cujo custo de produção é mais alto. Com variação entre verde, amarela e vermelha (em dois pa­tamares), o sistema gera custos adicionais à conta de luz que vão de R$ 1 a R$ 5.

Os ribeirão-pretanos já pagam mais caro pela energia desde o início de abril, quando a Aneel fez um reajuste médio de 16,90% nas tarifas da CPFL Paulista, que atende 4,4 mi­lhões de unidades consumido­ras em 234 cidades do Estado de São Paulo – 290 mil somen­te em Ribeirão Preto.

Para consumidores conecta­dos em alta tensão (indústrias), o aumento foi de 11,11%, e para a baixa tensão, a elevação ficou em 20,17% – os imóveis residenciais entram nesta faixa e, segundo a reguladora, o aumento para este grupo foi de 19,84%.

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