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Deu brecha, espaço público é ocupado

A falta de fiscalização nos últimos anos, aliada à necessi­dade ou “esperteza” de muitos, vem resultando na ocupação ilegal de espaços públicos, como vias, calçadas, praças e canteiros centrais, para comér­cios de produtos ou utilização inadequada. Na prática, o que vem ocorrendo em Ribeirão Preto nos últimos anos é assim: ninguém fala nada e a pessoa ocupa o espaço que é de todos para fins próprios.

Nas últimas semanas, a re­portagem do Tribuna recebeu algumas denúncias. O material foi apresentado ao diretor do Departamento de Fiscaliza­ção Geral da Secretaria Mu­nicipal da Fazenda e coronel da reserva da Polícia Militar, Antônio Carlos Muniz, que comprovou as irregularida­des e se prontificou a tomar as medidas cabíveis.

Muniz, no entanto, afir­mou que a Fiscalização Geral não tem efetivo suficiente para atender toda a demanda que recebe. “Em média, são seis denúncias por dia, de vários tipos, que recebemos e aten­demos. Mas nós perdemos 47 fiscais que se aposentaram ou foram exonerados. Hoje temos 22 fiscais de postura (atendi­mentos diversos) e 21 de obras. É pouco para o tamanho e a necessidade da cidade”, diz.

A situação pode melhorar no ano que vem se a Câmara aprovar o projeto do prefei­to Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e que prevê a implan­tação do programa “Atividade Delegada” – também conheci­da como “Operação Delegada” –, uma espécie de “bico oficial” em que policiais militares de folga ou férias trabalham uni­formizados e armados – e cria a gratificação por desempe­nho. Se a proposta passar no Legislativo, a prefeitura assina­rá convênio com a Secretaria de Estado de Segurança Públi­ca de São Paulo (SSP-SP) e de­verá contratar até 50 PMs.

Quem vai à Câmara de Ve­readores pode ver um pneu de trator no meio de uma área pú­blica como forma de chamar a atenção das pessoas. Mas há quem utiliza o espaço público e está em situação regular, pois foram favorecidos por uma lei municipal em 1989. Um exem­plo disso está em frente ao pré­dio da Fiscalização Geral, onde um caminhão de frutas fica parado todos os dias. “Ele está aqui antes de 1989 e foi bene­ficiado por essa legislação. Há outros na cidade. Mesmo eu não concordando, tenho que respeitar a lei”, diz Muniz

Durante o período de pou­co mais de uma hora que nos­sa reportagem esteve na Fisca­lização Geral, duas reclamações foram registradas. Uma relacio­nada a barulho alto e outra de pessoas que estavam aprovei­tando os muros do Condomínio Cidade da Criança – próximo ao Cemitério Bom Pastor – para construir barracos.

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