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Desenrola Brasil – Dívidas podem ser parceladas via Pix

© Marcello Casal JrAgência Brasil

O secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, diz que o Desenrola Brasil terá um aplicativo para que a pessoa consulte suas dívidas e verifique os descontos oferecidos pelas instituições credoras. Disse ainda que o pagamento desse débito poderá ser feito via Pix, à vista, ou parcelado com juros máximos de 1,99% ao mês.

O secretário explica que o aplicativo, com base no siste­ma gov.br, vai congregar dados de diferentes bureaus de cré­dito, mostrando à pessoa qual é o valor total das dívidas que possui e o desconto oferecido pelos credores. O programa federal de renegociação de dí­vidas – batizado de Desenrola Brasil, uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – co­meçou, oficialmente, nesta se­gunda-feira, 17 de julho.

Ontem, os bancos começa­ram a limpar o nome de 1,5 mi­lhão de consumidores negativa­dos que devem até R$ 100. Essa ação está prevista para terminar ainda neste mês. Uma portaria foi publicada na sexta-feira (14), no Diário Oficial da União. A medida regulamenta as regras que ainda estavam pendentes para as operações do Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Ina­dimplentes, o Desenrola Brasil.

A primeira etapa, além de limpar o nome dessa fatia de consumidores, também vai possibilitar a renegociação de dívidas bancárias de pessoas que têm renda de até R$ 20 mil men­sais – não há limite para o valor das dívidas. A expectativa da Fa­zenda é de que sejam renegocia­dos, neste primeiro momento, até R$ 50 bilhões de 30 milhões de brasileiros. Os montantes serão parcelados em ao menos doze meses.

O programa tem o potencial de atingir 70 milhões de inadim­plentes, o que representa cerca de 40% da população adulta do país. Só poderão ser objeto de renegociação as dívidas negati­vadas até dezembro do ano pas­sado. Essa linha de corte tem o objetivo de evitar que a ação seja vista como um estímulo à ina­dimplência futura.

Além disso, não entram na revisão os débitos que têm garantias reais, como crédito imobiliário e de veículos. Nes­sa primeira fase, o programa Desenrola não vai contar com garantias do Tesouro Nacional, ou seja, dinheiro público – esses recursos serão reservados para a segunda etapa da ação, que começará em setembro e terá como foco a baixa renda.

“As pessoas sairão da lista de negativados e voltarão a ter crédito, e os bancos terão R$ 50 bilhões a mais nos balanços para emprestarem”, diz Marcos Pinto, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, responsável pelo de­senho do programa.

“Considero que o programa cumpre um papel essencial, em um momento delicado das fi­nanças das famílias brasileiras”, afirma Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Ban­cos (Febraban). Dados da Sera­sa referentes a outubro de 2022 e compilados pela Febraban apontam que as dívidas negati­vadas somam R$ 301,5 bilhões.

Ribeirão Preto fechou maio com 294.532 inadimplentes, segundo a Serasa Experian. O total de pessoas em situação de inadimplência na cidade corres­ponde a 42,2% da população ri­beirão-pretana, de 698.259 habi­tantes, segundo dados do Censo Demográfico 2022, anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE).

Segundo a consultoria, em maio o valor médio que cada mo­rador da cidade devia na praça era de R$ 6.364, levando o mon­tante da inadimplência em Ribei­rão Preto para R$ 1.874.401.648. Em abril, os 293.137 consumi­dores inadimplentes da cidade deviam R$ 1.878.128.759. Hou­ve queda de 0,20% na passa­gem de um mês para outro, R$ 3.727.111 a menos.

No estado de São Paulo, a maioria das pessoas tem débitos com o setor financeiro: bancos e cartões de crédito representam 33,53% das pendências, segui­dos por utilities (23,14%) – con­tas de luz, de água, gás e telefone, por exemplo – e como crediário no comércio varejista (7,49%).

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