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Esportes

Desde que assumiu o Botafogo, gestão S/A tem 43,6% de aproveitamento

RAUL RAMOS/AGÊNCIA BOTAFOGO

Desde que virou S/A, em meados de maio de 2018, o Bo­tafogo disputou quatro competi­ções. Duas edições do Campeo­nato Paulista, uma Série C e uma Série B. O trabalho, contudo, é questionado pelo torcedor, prin­cipalmente, pelas campanhas irregulares no Paulistão.

Ao todo, sob a gestão da empresa, o Pantera disputou 84 partidas e acumulou 29 vitórias, 23 empates e 32 derrotas, o que totaliza um aproveitamento de 43,6%. O ponto mais alto da ges­tão foi o acesso conquistado para a Série B em 2018. Como ponto negativo, as participações nos Campeonatos Paulistas de 2019 e 2020, onde o clube brigou – e ainda briga, pois a edição deste ano ainda não foi concluída – contra o rebaixamento.

Em entrevista ao programa “Tá na Rede”, Adalberto Bap­tista, presidente do Conselho de Administração da BFSA e principal investidor da em­presa, afirmou que a gestão de futebol do projeto nos campe­onatos estaduais foram “extre­mamente incompetentes”.

“Nos dois Campeonatos Paulistas nós fomos extrema­mente incompetentes, gasta­mos errado. Os quatro maiores investimentos que nós fizemos para 2019 (Welington Bruno, Bruno Moraes, Rafael Costa e Renan Oliveira), os quatro maiores salários, nenhum deles rendeu. Esse ano novamente erramos em algumas apostas que foram feitas e vamos ter que corrigir. Devemos mudar essa forma de fazer o futebol, mas com esse momento de pande­mia não dá para definir, porque talvez a gente tenha que trazer gente nova”, disse Baptista.

“O modelo não deu certo, não dá para gente ir para o ter­ceiro ano e fazer uma escolha errada de novo. Com o que nós investimos no ano passa­do, já era para termos feito no Paulista um papel melhor e er­ramos novamente agora. Errar é humano e persistir é burrice, se continuarmos da mesma forma seria burrice. Não tem um culpado. É um sistema que não funcionou e precisa ser mudado”, concluiu.

Quando a parceria com Adalberto Baptista foi forma­tada, o projeto visava elevar o patamar do Botafogo no ce­nário do futebol nacional. En­tretanto, em dois anos de ne­gócio, o resultado esportivo, de fato, ainda não apareceu. Mesmo com o acesso para a Série B, os números da gestão da S/A ainda estão abaixo dos obtidos, por exemplo, no co­mando do último presidente do BFC antes da BFSA, Ger­son Engracia Garcia.

Nos quatro anos em que Gersinho esteve à frente do Bo­tafogo, o Tricolor disputou 97 jogos e conquistou 33 vitórias, 41 empates e 23 derrotas, com um aproveitamento ligeira­mente superior de 48,1%.

Além do melhor desem­penho, foi na gestão de Ger­son Engracia que o Botafogo conquistou um de seus títu­los mais importantes de sua história, o Campeonato Bra­sileiro Série D.

O Pantera ainda terá du­rante essa temporada a possi­bilidade de melhorar seus nú­meros sob o comando da S/A. Entretanto, ainda não existe data para o retorno do futebol no Brasil. Em comunicado aos clubes feito no começo da se­mana, a FPF (Federação Pau­lista de Futebol) descartou o reinicio das atividades durante os meses de junho e julho.

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