Tribuna Ribeirão
DestaqueEsportes

Dérbi na final do Campeonato Paulista 

Rivais vão a campo com motivações distintas para erguer o troféu 

Verdão eliminou o São Paulo na semifinal (Cesar Greco)

Por Hugo Luque 

Uma das maiores rivalidades do futebol sul-americano, o Dérbi entre Palmeiras e Corinthians abre neste domingo, às 18h30, no Allianz Parque, em São Paulo (SP), a final do Campeonato Paulista de 2025. As duas equipes se encontram em momentos distintos na temporada. 

Time da casa no jogo de ida, o Palmeiras vive um momento de ascensão. A equipe do técnico Abel Ferreira fez uma primeira fase de altos e baixos, e passou muito perto de ser eliminada ainda na primeira fase. 

Apesar das duas vitórias conquistadas nas três primeiras rodadas, o grupo não engrenava e dava sinais de que precisava de peças na janela de transferências para crescer de produção. Na quarta partida, veio o primeiro revés, para o Novorizontino, por 2 a 1. Foi a primeira derrota do clube em casa na fase de grupos estadual desde 2021, o que encerrou uma sequência de 42 compromissos de invencibilidade. 

A diretoria, então, passou a ser alvo de protestos – sobretudo a presidente Leila Pereira e o diretor de futebol Anderson Barros. Embora a campanha palmeirense colocasse o conjunto alviverde nas primeiras colocações da classificação geral, o bom desempenho de São Bernardo e Ponte Preta, rivais do Grupo D, deixou a situação difícil para o time do Allianz Parque. 

“A chapa estava quente, em função do contexto, em função dos resultados e por méritos dos nossos adversários. A Ponte Preta e o São Bernardo têm feito um campeonato extraordinário e não me custa reconhecer isso. Na minha opinião, o Palmeiras não está fazendo um campeonato extraordinário, mas está a fazer um campeonato bem satisfatório”, disse Abel após o triunfo sobre o Botafogo, por 3 a 1, na penúltima rodada. 

O Pantera saiu na frente e chegou a endurecer o confronto, mas não teve como segurar o adversário no segundo tempo. Com isso, o Palmeiras chegou à última rodada com chances de classificação. Para isso, precisaria derrotar o Mirassol e torcer por um tropeço da Ponte Preta diante do Red Bull Bragantino. 

Os astros se alinharam e o Verdão derrotou o rival amarelo por 3 a 2, enquanto a Macaca foi batida pelo Massa Bruta por 2 a 0, em casa. Assim, o sonho do tetracampeonato permaneceu vivo. 

Essa meta, inclusive, é o principal combustível verde e branco para a busca pelo troféu. Dono de 26 troféus, o Palmeiras busca, em sua sexta final consecutiva, o quarto título em sequência, façanha conquistada somente pelo extinto Paulistano, entre 1916 e 1919, há mais de um século. 

Veio, então, o mata-mata. Diferente do rival deste fim de semana, o Alviverde disputou, até aqui, somente o Paulistão na temporada. Afinal, está classificado diretamente para a fase de grupos da Copa Libertadores e, por isso, entrará na Copa do Brasil na terceira fase. 

Assim, Abel Ferreira conseguiu levar força total a campo no mata-mata. Nas quartas de final, sua equipe despachou com facilidade o São Bernardo, por 3 a 0, fora de casa. Já na última segunda-feira, apesar da partida mais brigada do que jogada, eliminou o arquirrival São Paulo, em casa, com uma vitória por 1 a 0 marcada pela estreia de Vitor Roque, contratação mais cara da história do futebol brasileiro, e por um polêmico pênalti sofrido justamente pelo novo reforço e convertido por Raphael Veiga. 

“Eu entendo e não queria dar exemplos do passado, porque acho que não é justo. Eu prefiro falar do jogo. É um toque claro, obstrução clara com a perna do Arboleda. Se é intensidade ou não, tem que falar com o árbitro, a decisão é dele”, opinou o técnico português após o Choque-Rei. 

Na reapresentação do elenco, na última quarta-feira, o zagueiro Gustavo Gómez sofreu um entorse no joelho direito e está fora da partida, assim como Paulinho, Bruno Rodrigues e Mauricio. Com a possibilidade do retorno de Piquerez, um provável time titular tem: Weverton; Marcos Rocha, Murilo, Micael e Piquerez (Vanderlan); Ríos, Martínez e Veiga; Estêvão, Facundo Torres e Vitor Roque (Flaco López). 

Corinthians 

Do outro lado, o ano começou bom. Entretanto, o desempenho dentro de campo e os resultados têm preocupado a torcida. Ainda assim, o Corinthians, que não contará com o apoio da arquibancada neste jogo de ida (os clássicos em São Paulo são disputados com torcida única), busca esquecer o passado recente para, além de quebrar a sequência do rival, encerrar a seca de títulos. 

O último do Timão foi há seis anos, justamente o Paulistão de 2019. Desde então, a equipe chegou à final apenas no ano seguinte, em 2020, e foi batida pelo próprio Palmeiras. 

Primeiro colocado do Grupo A e da classificação geral do estadual, o Alvinegro dividiu as atenções entre o estadual e a pré-Libertadores. Após deixar a Universidad Central da Venezuela, os comandados de Ramón Díaz o Barcelona de Guayaquil, do Equador, e acabou eliminado na última quarta-feira. 

“O grupo fez um esforço enorme para jogar a Libertadores. A verdade é que estamos doloridos, porque realmente temos um grande time, falhamos todos no Equador. A vantagem era importante, mas o grupo demonstrou que tem caráter, determinação, mas não conseguimos o que queríamos. Isso é dolorido. Quando passa este tipo de coisa, dói, dói muito”, lamentou o técnico argentino. 

Agora, a chave volta para o torneio que o time tem obtido o melhor desempenho. Neste ano, o maior campeão paulista, com 30 taças, perdeu apenas um jogo no campeonato, para o São Paulo, e segurou um empate em 1 a 1, mesmo com um a menos, no primeiro encontro com o Palmeiras, no Allianz. No mata-mata, o conjunto corintiano passou pelo Mirassol (2 a 0) e bateu o Santos no Clássico Alvinegro do último domingo, por 2 a 1. É nesse clima que o goleiro Hugo Souza quer entrar em campo para “virar a chave”. 

“Domingo é guerra, contra nosso maior rival. É uma final, a gente quer voltar a botar o Corinthians de novo num cenário de ser campeão. Vamos lutar até o final para dar essa alegria ao torcedor. (…) Entrega não faltou [contra o Barcelona], mas não podemos deixar isso nos abalar. Domingo tem uma final. É uma guerra e queremos muito ser campeões”, afirmou o arqueiro. 

Angileri, que não atuou na pré-Libertadores por não estar inscrito, deve retornar ao time titular. Uma provável escalação tem: Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Torres, Gustavo Henrique e Angileri; Raniele, José Martínez, Carrillo e Garro; Memphis Depay e Yuri Alberto. 

 

 

 

 

 

Postagens relacionadas

Ladrão morre em assalto a vereador

Redação 2

Obra interdita a Nove de Julho  

Redação 2

Jequitibá-branco passa por poda  

Redação 2

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com