Tribuna Ribeirão
Política

Deputados aprovam projeto das vacinas

© Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 2 de março, o projeto de lei que au­toriza estados, municípios e o setor privado a comprar vacinas contra a covid-19 com registro ou autorização temporária de uso no Brasil. No caso do setor privado, as doses devem ser in­tegralmente doadas ao Sistema Público de Saúde (SUS) enquan­to o público prioritário não tiver sido todo vacinado.

A matéria segue para sanção presidencial. O texto é de au­toria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O projeto foi aprovado pelos se­nadores em fevereiro. O parecer do deputado Igor Timo (Pode­-MG) propôs aprovação do tex­to sem mudanças.

“Em se tratando da vacina, não há nenhuma possibilida­de de furar fila, haja vista que serão feitas doações em 100% para que os grupos de risco sejam vacinados prioritaria­mente e, em um segundo mo­mento, 50% de toda a vacina que for adquirida, seguindo os critérios do Plano Nacional de Imunização”, afirma Timo.

Na segunda-feira, 1⁰ de março, o prefeito de Ribeirão Preto e representante da região Sudeste do país pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Duarte Nogueira, participou da reunião da Comissão de Va­cinas e manifestou, por meio de documento eletrônico, in­teresse em aderir ao consórcio formado por municípios.

Em 23 de fevereiro, o Supre­mo Tribunal Federal (STF) for­mou maioria para autorizar que Estados e municípios comprem e distribuam imunizantes contra o Sars-CoV-2. A permissão va­lerá caso o governo federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização (PNI) ou se as doses previstas no documento não fo­rem suficientes.

A Frente Nacional de Prefei­tos vai liderar a constituição de consórcio público com finalidade especifica de aquisição de vacinas contra a covid-19. A decisão do STF também permite a aquisi­ção de vacinas autorizadas para distribuição comercial por au­toridades sanitárias dos Estados Unidos, Europa, China ou Japão.

Porém, somente caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não se mani­feste sobre a autorização destes imunizantes no País dentro do prazo de 72 horas previsto em lei. Na última quinta-feira (25), a Câmara de Ribeirão Preto aprovou projeto da vereadora Duda Hidalgo (PT) que autoriza o Executivo a comprar vacinas contra o novo coronavírus.

O objetivo é permitir que Ribeirão Preto não dependa da Presidência da República e do Ministério da Saúde para imu­nização de sua população, “visto que estes órgãos têm se mostra­do incapazes em garantir imu­nizantes para todo o território nacional”, diz a justificativa.

Responsabilidades
O texto também permite que estados, Distrito Federal e municípios assumam a respon­sabilidade civil por eventuais efeitos adversos provocados pe­los imunizantes, desde que estes tenham obtido registro na An­visa. Segundo a proposta, os go­vernos locais podem contratar um seguro privado para cobrir os eventuais riscos das condi­ções impostas por fornecedores em contrato.

Essa é uma exigência feita por alguns laboratórios, como Pfizer/BioNTech e Janssen, cujas vacinas ainda não chegaram ao Brasil. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tem critica­do algumas condições impos­tas pelo laboratório Pfizer para compra da sua vacina. Dentre essas condições, estão a ausên­cia de responsabilização ao la­boratório em caso de atraso na entrega ou de eventuais efeitos colaterais do imunizante.

O projeto também autoriza esses entes federativos a adquirir vacinas em caráter suplementar, com recursos do governo fede­ral ou, excepcionalmente, com recursos próprios. O deputa­do Henrique Fontana (PT-RS) argumentou que o PL prevê a possibilidade de pessoas fora do grupo de risco furarem a fila ao liberar a aquisição de vacinas por empresas.

“Nós não podemos per­mitir que uma empresa, por exemplo, compre 50 mil vaci­nas, doe 25 mil vacinas para o SUS e, com as outras 25 mil, faça um fura-fila para seus funcionários, que podem ter menos ricos do que idosos que estão na fila, para os quais não têm vacinas. Então, a fila tem de ser única”, disse o deputado.

Senado
O Senado aprovou ontem a Medida Provisória (MP) 1.026/21, a MP das Vacinas. A medida facilita a compra de vacinas, insumos e serviços ne­cessários à imunização contra a covid-19, com dispensa de lici­tação e regras mais flexíveis para contratos. O texto havia sido aprovado na Câmara no dia 23 de fevereiro. Agora, segue para sanção presidencial.

Segundo o texto aprovado, estados e municípios poderão comprar, sem licitação, vacinas e seus insumos necessários, contratar os serviços necessá­rios, inclusive de vacinas ain­da não registradas na Agência Nacional de Vigilância Sani­tária (Anvisa). A medida tam­bém fixa o prazo de sete dias para a Anvisa decidir sobre a aprovação temporária de vaci­nas, mas o prazo pode chegar a 30 dias se não houver relatório técnico de avaliação de agência internacional aceita no Brasil.

Postagens relacionadas

Juiz pede ao MPF que se manifeste em ação contra armas de fogo de Bolsonaro

Redação 1

Ônibus: Centro ganhará terminal

William Teodoro

Dança das cadeiras – Alberto José Macedo é o novo secretário de Governo de Nogueira

Redação

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com