O samba composto pelo compositor Capoeira faz uma síntese precisa da situação em que se encontra Ribeirão Preto depois que o atual prefeito chegou ao poder. As promessas feitas com ênfase durante a campanha caem no esquecimento, como é o costume vezo da maioria de nossos políticos.
O nobre prefeito disse durante a campanha que não havia falta de dinheiro, que era falta de gestão, que iria fazer mais com menos, pois tinha competência e conhecimento para tanto. O eleitor carente de informações escorou na figura de seu pai, o aval necessário para sufragar o seu nome nas urnas – e agora a cidade está um caos.
Educação, saúde e infraestrutura, que são os carros-chefes de qualquer governo eficiente, no nosso caso estão indo ladeira abaixo. Na saúde as filas só aumentaram, e as reclamações também – os pacientes esperam mais de um ano por uma consulta com especialistas, isso sem falar na falta de remédios. Na infraestrutura, a promessa de deixar as vias públicas em condições normais para os usuários ficou só na promessa, pois a situação das nossas vias é um descalabro, e as mortes são as provas cabais de uma gestão desastrosa.
A incompetência e a escamoteação são marcas registradas desta administração. Usar de sofismas para enganar os incautos é a ferramenta mais eficaz do nobre alcaide. Existe um contrato entre o Executivo e o consórcio do transporte coletivo, que tem que ser fiscalizado pelo contratante, mas cada vez que o consórcio, mesmo que fora do prazo, cumpre o contrato, o senhor prefeito se antecipa e fala que é a prefeitura que está comprando ônibus novos para a população.
O mesmo acontece quando as construtoras entregam as casas, que foram construídas por elas, e financiadas pela Caixa Federal, mas o senhor prefeito, usando o dom de iludir, que conhece como ninguém – coloca na conta do seu governo, e ainda tem a pachorra de dizer que em dois anos já fez mais casas que seu pai em três governos – vai ser bom assim na “Cochinchina”.
Mas o desprezo que impingiram à saúde e à infraestrutura se ampliam no setor mais nevrálgico, que é responsável pela elevação da qualidade de vida de qualquer cidade, estado ou país, que é a educação básica – e esse tratamento vil que estão impingindo à rede municipal de ensino é um acinte ao setor que abre os horizontes do presente e prepara o futuro das nossas crianças.
O abandono, que já vinha ocorrendo causado por mais de 30 anos de coronelismo político na educação municipal, que parecia ter se extinguido com a derrota do coronel na ultima eleição, foi ampliado e está produzindo prejuízos que jamais, em sã consciência, esperávamos que fosse acontecer em uma das cidades mais ricas do Brasil.
No entanto, o sofisma e a falta de compromisso com a qualidade de vida de sua população estão nos levando para um caminho de conflitos e degeneração por pura incompetência. Acidentes com crianças, e até a morte de um educando no ano passado, mostram que o governo está se lixando para a sua população.
A arrogância, a prepotência e a falta de transparência não permitiram que o Plano Municipal de Educação, que foi aprovado em 2015, entrasse em vigor, e no seu lugar produziram um mostrengo, sem forma e sem conteúdo, e querem enfiar goela abaixo da população, mas a reação dos que defendem uma educação de qualidade e para todos foi alvissareira, e o governo vai ter que recuar na sua insanidade.
Depois que o “tá ruim” chegou, nunca mais melhorou… Mas vai ter que melhorar!