Ribeirão Preto já registrou 13 mortes em decorrência de dengue em 2024: duas nem janeiro, seis em fevereiro, duas em março, uma em abril, uma em maio e uma em junho, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, que nesta quarta-feira, 11 de setembro, anunciou mais três óbitos por causa da doença, um em fevereiro, um em maio outro em abril. Dez casos fatais ainda estão sob investigação.
Em menos de nove meses, a cidade já superou em 44,4% o número de mortes no ano passado – foram nove óbitos em 2023: três em março, dois em abril, dois em maio, um em junho e um em dezembro. São quatro a mais em 2024. Em dezembro de 2022, a cidade teve um óbito, o único do período.
A alta no passado chega a 800%, oito a mais. Em 2021, não houve casos fatais. Em 2020, ocorreram onze mortes, mas um caso era importado de São Simão. No total oficial, Ribeirão Preto fechou 2020 com dez ocorrências fatais, sete a mais do que os três falecimentos de 2019, alta de 233,3%.
O número de 13 mortos pelo Aedes aegypti neste ano passa a ser o maior em pelo menos oito anos (desde 2016), superando os dez de 2020. Antes de 2019, a cidade não registrava óbito em decorrência da infecção desde 2016, quando nove pacientes não resistiram aos vírus. Em menos de seis anos já são 36 óbitos.
Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue. A Secretaria Municipal da Saúde atualizou os dados de casos confirmados este ano. A cidade já superou 41.500 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya.
As 41.505 ocorrências deste ano já são o maior volume da história da cidade, superando em 18,44% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 6.462 a mais em menos de nove meses, além de 57.456 sob investigação. Também já soma 29.202 a mais que as 12.303 de 2023 (dado revisado), aumento de 237,36%. Uma semana atrás, até 4 de setembro, eram 41.286.
Em sete dias, o Aedes aegypti fez mais 219 vítimas, aumento de apenas 0,53%. É o menor volume semanal do ano. Na semana anterior, a alta havia sido de 0,93%, de 40.906 para 41.286, 380 a mais. Entre 22 e 28 de agosto subiu 1,02%, de 40.491 para 40.906, mais 415. O número de casos tem caído no inverno – época de baixa umidade relativa do ar e estiagem.
Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.303 casos de dengue (dado revisado), 4.821 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,43%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 202.371 casos de dengue. Há 238 ocorrências de febre chikungunya em 2024, dezenove importadas. No ano passado, foram 121, sendo 106 autóctones.
Faixa etária – No ano passado, das 12.303 vítimas, 4.454 pessoas têm entre 20 e 39, outras 3.034 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 2.029 estão entre 10 e 19 anos, 1.455 têm mais 60 anos, 949 são crianças de 5 a 9 anos, 321 têm entre 1 e 4 anos e 61 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.906 casos na Zona Leste, 2.896 na Oeste, 2.115 na Norte, 1.924 na Sul e 1.461 na Central, além de um sem identificação de distrito.
Neste ano, 15.193 têm entre 20 e 39, outras 10.071 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 6.714 estão entre 10 e 19 anos, 5.030 têm mais 60 anos, 2.948 são crianças de 5 a 9 anos, 1.285 têm entre 1 e 4 anos e 264 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 11.762 casos na Zona Leste, 10.057 na Oeste, 8.565 na Norte, 6.180 na Sul e 4.830 na Central, além de 111 ainda sem identificação de distrito.
Entre 70% e 80% criadouros do mosquito estão dentro das casas. A maioria está em vasos, pneus e ralos. Somente nos mutirões do ano passado, foram recolhidos 60 toneladas de materiais inservíveis. São mais de 100 toneladas em pouco mais de seis meses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.
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