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Dengue provoca mais cinco mortes  

Em menos de dez meses, a cidade já superou o total de 2023 e bateu o recorde em oito anos; são 21 em 2024 

Aedes aegypti: em menos de dez meses, Ribeirão Preto já superou em 133,33% o número de mortes no ano passado e o total de casos de 2016 (Pixabay )

Ribeirão Preto já registrou 21 mortes em decorrência de dengue em 2024, duas em janeiro, seis em fevereiro, duas em março, uma em abril, cinco em maio e quatro em junho e uma em agosto, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, que nesta quarta-feira, 2 de outubro, anunciou mais cinco óbitos por causa da doença, um no quinto mês, três no sexto e um no oitavo. Não há casos fatais sob investigação.
 
Em menos de dez meses, a cidade já superou em 133,33% o número de mortes no ano passado – foram nove óbitos em 2023, três em março, dois em abril, dois em maio, um em junho e um em dezembro. São doze a mais em 2024. Em dezembro de 2022, a cidade teve um óbito, o único do período.

A alta no passado chega a 800%, oito a mais. Em 2021, não houve casos fatais. Em 2020, ocorreram onze mortes, mas um caso era importado de São Simão. No total oficial, Ribeirão Preto fechou 2020 com dez ocorrências fatais, sete a mais do que os três falecimentos de 2019, alta de 233,3%.

O número de 21 mortos pelo Aedes aegypti neste ano passa a ser o maior em pelo menos oito anos (desde 2016), superando os dez de 2020. Antes de 2019, a cidade não registrava óbito em decorrência da infecção desde 2016, quando nove pacientes não resistiram aos vírus. Em menos de oito anos já são 44 óbitos.

Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue. Nesta quarta-feira, a Secretaria Municipal da Saúde atualizou os dados de casos confirmados este ano. A cidade já soma 41.960 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya –, o maior volume da história da cidade, superando em 19,74% o recorde de 35.043 registrado em 2016.

São 6.917 a mais em menos de dez meses, além de 59.070 sob investigação. Também já soma 29.658 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 241,08%. Uma semana atrás, até 258 de setembro, eram 41.761. Em sete dias, o Aedes aegypti fez apenas 199 vítimas, aumento de 0,48%

O número de casos vem caindo desde o inverno – época de baixa umidade relativa do ar e estiagem – e a tendência deve continuar na primavera, até novembro, quando começa a época das chuvas. A população não pode baixar a guarda. Não há ocorrências em outubro. Fechou setembro com 82, contra 409 em agosto, queda de 79,95% e 327 a menos.

Em comparação com o mesmo mês de 2023, quando 82 pessoas pegaram dengue, o viés é de estabilidade, sem alteração. Em relação aos 11.183 casos dos primeiros dez meses do ano passado, já são 30.777 a mais em 2024, avanço de 275,21% em apenas 276 dias de 2024. Os dados são atualizados semanalmente, com possibilidade de alterações pontuais

Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.302 casos de dengue (dado revisado), 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 202.825 casos de dengue. Há 245 ocorrências de febre chikungunya em 2024, dezenove importadas. No ano passado, foram 121, sendo 106 autóctones.

Faixa etária – No ano passado, das 12.302 vítimas, 4.454 pessoas Tinham entre 20 e 39, outras 3.033 estavam na faixa dos 40 a 59 anos, 2.029 eram entre 10 e 19 anos, 1.455 tinham mais 60 anos, 949 eram crianças de 5 a 9 anos, 321 tinham entre 1 e 4 anos e 61 eram bebês com menos de 1 ano de idade. Foram 3.906 casos na Zona Leste, 2.896 na Oeste, 2.115 na Norte, 1.924 na Sul e 1.461 na Central.

Neste ano, 15.379 têm entre 20 e 39, outras 10.185 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 6.775 estão entre 10 e 19 anos, 5.093 têm mais 60 anos, 2.968 são crianças de 5 a 9 anos, 1.293 têm entre 1 e 4 anos e 267 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 11.979 casos na Zona Leste, 10.219 na Oeste, 8.600 na Norte, 6.230 na Sul e 4.912 na Central, além de 20 ainda sem identificação de distrito.

Entre 70% e 80% criadouros do mosquito estão dentro das casas. A maioria está em vasos, pneus e ralos. Somente nos mutirões do ano passado, foram recolhidos 60 toneladas de materiais inservíveis. São mais de 100 toneladas em pouco mais de seis meses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

Casos de dengue  em Ribeirão Preto
2009 – 1.700
2010 – 29.637
2011 – 23.384
2012 – 317
2013 – 13.179
2014 – 398
2015 – 4.419
2016 – 35.043
2017 – 248
2018 – 270
2019 – 14.520
2020 – 17.606
2021 – 360
2022 – 7.482
2023 – 12.302
2024 – 41.960
Total desde 2009: 202.825
* Até 2 de outubro

Eliminação do Aedes aegypti 
• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;
• Descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura;
• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;
• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;
• Tampar ralos;
• Manter o vaso sanitário sempre fechado;
• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;
• Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.
 

 

 

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