Levantamento feito pelo Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) mostra que, em 2017, Ribeirão Preto registrou o menor número de casos de dengue dos últimos dez anos, com 246 vítimas do Aedes aegypti – também transmissor da doença, da febre chikungunya, do zika vírus e da febre amarela na área urbana.
O Diagrama de Controle de Casos Confirmados, elaborado pelo órgão mostra que em 2007 foram registrados 2.723 casos da doença, outros 1.056 em 2008, 1.697 em 2009 e 29.637 em 2010, quando houve epidemia na cidade. O estudo aponta ainda que os anos seguintes foram epidêmicos: 2011 com 23.384 ocorrências, 2012 deu uma trégua com 310, em 2013 foram 13.179 pessoas infectadas pelo Aedes aegypti, em 2014 398, em 2015 4.689 e em 2016, o maior índice deste século com 35.043 casos confirmados.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Sandro Scarpelini, “se analisarmos os números dos últimos dez anos com três anos epidêmicos, quando em 2016 atingiu mais de 35 mil casos, a curva de transmissão da doença caiu drasticamente a partir do ano passado”, explica
“O trabalho desenvolvido em 2017 pelos agentes de combate a endemias está sendo reforçado para mantermos a doença sob controle. Campanhas de conscientização para a população também auxiliam na difusão da informação, estamos distribuindo nos postos de saúde uma cartilha e orientações de como evitar a proliferação do mosquito”, diz o secretário, ao afirmar que somente dessa forma é possível evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado na quinta-feira, 15 de março, pela Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE), aponta aumento de 64,2% nos casos de dengue em Ribeirão Preto em fevereiro, em comparação com o mesmo mês de 2017. O Aedes aegypti fez 23 vítimas em 2018, contra 14 do mesmo período do ano passado, nove ocorrências a mais. Já em relação a fevereiro de 2016, quando houve epidemia de dengue na cidade – Ribeirão Preto fechou o ano com 35.043 infectados –, o número chegou a 13.319 casos da doença, a queda foi 99,83%, 13.296 a menos.
A DVE também atualizou os dados de janeiro – o número saltou de 24 para 40. São 24 a mais que os 16 do mesmo mês, aumento de 150%. No bimestre, são 63 casos no da doença no total, contra 30 de 2017, alta de 110%, com 33 pacientes a mais. Na comparação com os dois primeiros meses de 2016, quando foram confirmados 22.665 ocorrências, a queda em 2018 é de 99,7%, com 22.602 registros a menos.
Campanha contra a dengue – Para reforçar as ações de conscientização de combate aos criadouros do mosquito, a prefeitura faz uma grande campanha com informações de como evitar que o mosquito transmissor da dengue. Inclui divulgação em veículos de comunicação, sacos de pão, cartazes e cartilhas. “O principal objetivo da divulgação é mudar o hábito das pessoas com relação ao mosquito e criar o hábito de verificar e eliminar os focos toda semana”, explica Sandro Scarpelini.
Para Luzia Márcia Romanholi Passos, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento, não se pode descuidar. “A população deve assimilar as orientações, ficar alerta e continuar exercendo a principal forma de evitar a doença, com prevenção, ou seja, não deixar água parada nos ralos, olhar os vasos, tomar cuidado com as garrafas, que é onde o mosquito se desenvolve”, ressalta a diretora.
Casos de dengue em Ribeirão Preto
2007 – confirmados 2.723 casos
2008 – confirmados 1.056 casos
2009 – confirmados 1.697casos
2010 – confirmados 29.637 casos
2011 – confirmados 23.384 casos
2012 – confirmados 310 casos
2013 – confirmados 13.179
2014 – confirmados 398 casos
2015 – confirmados 4.689 casos
2016 – confirmados 35.043 casos.