Tribuna Ribeirão
DestaqueGeralSaúde

Dengue já supera total de 2023

Já são 12.990 ocorrências em 98 dias deste ano, além de 22.274 sob investigação, contra 12.303 de 2023 inteiro: em uma semana, são mais 1.895 pacientes (Divulgação)

Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue, desta vez de nível 2. Nesta quarta-feira, 10 de abril, a Secretara Municipal da Saúde atualizou os dados de casos confirmados este ano e a tendência é ultrapassar a barreira de 13.000. Já são 12.990 ocorrências, além de 25.227 sob investigação. São 687 a mais que as 12.303 de 2023 inteiro, aumento de 5,58% em menos de quatro meses

Uma semana atrás eram 11.095. Em sete dias, o Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya – fez mais 1.895 vítimas, aumento de 17,08%. Na semana anterior, a alta havia sido de 16,29%, de 9.541 para 11.095 e mais 1.554 ocorrências.

A população não pode baixar a guarda. A média diária de casos neste ano é de 133 ocorrências, uma a cada onze minutos, aproximadamente. Os dados são do período entre 1º de janeiro e 9 de abril. São 257 notificações de casos suspeitos por dia, cerca de uma a cada 56 segundos.

Abril já tem 221 confirmados. Março soma 4.074 pacientes infectados, quase 131 por dia, um a cada onze minutos, 1.626 a menos que os 5.700 casos de fevereiro, recuo de 28,53%. Na comparação com março de 2023, quando 2.482 pessoas pegaram dengue, o aumento chega a 14,42%. São 358 a mais.

Em janeiro deste ano foram registrados 2.995. Em relação aos 7.371 do primeiro quadrimestre do ano passado, já são 5.619 a mais, avanço de 76,23% em apenas 98 dias de 2024. Os dados são atualizados semanalmente, com possibilidade de alterações pontuais

O índice predial de infestação larvária no início do ano era de 12%. Significa que a cada 100 casas visitadas em Ribeirão Preto, em doze foram encontrados criadouros do Aedes aegypti. Mais: em cada criadouro havia cerca de 300 larvas, em média. A maioria está em vasos, pneus e ralos.

Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.303 casos de dengue (dado revisado), 4.821 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,43%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 173.856 casos de dengue. Há 70 ocorrências de febre chikungunya em 2024, sete importadas. No ano passado, foram 120, sendo 105 autóctones.

Faixa etária – No ano passado, das 12.303 vítimas, 4.453 pessoas têm entre 20 e 39, outras 3.035 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 2.028 estão entre 10 e 19 anos, 1.455 têm mais 60 anos, 949 são crianças de 5 a 9 anos, 322 têm entre 1 e 4 anos e 61 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.906 casos na Zona Leste, 2.897 na Oeste, 2.115 na Norte, 1.924 na Sul e 1.461 na Central.

Neste ano, 4.523 pessoas têm entre 20 e 39, outras 3.038 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 2.279 estão entre 10 e 19 anos, 1.583 têm mais 60 anos, 1.022 são crianças de 5 a 9 anos, 445 têm entre 1 e 4 anos e 100 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.566 casos na Zona Leste, 3.144 na Norte, 2.338 na Oeste, 2.074 na Sul e 1.646 na Central, além de 222 ainda sem identificação de distrito.

São Paulo já decretou emergência para a dengue. A decisão ocorreu após o estado atingir a marca de 300 casos por 100 mil habitantes. Entre 70% e 80% criadouros do mosquito estão dentro das casas. Somente nos mutirões do ano passado, foram recolhidos 60 toneladas de materiais inservíveis.

Foram cinco mil pneus. Em janeiro de 2024, a coleta chegou a 17 toneladas, além de mais de 27 toneladas em quatro eventos de fevereiro e 16 toneladas em março, totalizando mais de 65 toneladas em mais de três meses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

Casos de dengue em Ribeirão Preto
2009 – 1.700
2010 – 29.637
2011 – 23.384
2012 – 317
2013 – 13.179
2014 – 398
2015 – 4.419
2016 – 35.043
2017 – 248
2018 – 270
2019 – 14.520
2020 – 17.606
2021 – 360
2022 – 7.482
2023 – 12.303
2024 – 12.990 *
Total desde 2009: 173.856
* Até 9 de abril

Eliminação do Aedes aegypti
* Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;
* Descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura;
* Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;
* Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;
* Tampar ralos;
* Manter o vaso sanitário sempre fechado;
* Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;
* Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.

Doença causa mais duas mortes
Ribeirão Preto já registrou seis mortes em decorrência da doença em 2024, duas em janeiro, três em fevereiro e uma em março, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Foram nove no ano passado – três em março, duas em abril, duas em maio, uma em junho e uma em dezembro.

Em dezembro de 2022, a cidade teve um óbito. A alta no passado chega a 800%, oito a mais. Em 2021, não houve casos fatais. Em 2020, ocorreram onze mortes, mas um caso era importado de São Simão. No total oficial, Ribeirão Preto fechou 2020 com dez ocorrências fatais, sete a mais do que os três falecimentos de 2019, alta de 233,3%.

O número de dez mortos pelo Aedes aegypti em 2020 ainda é o maior em pelo menos seis anos (desde 2016). Antes de 2019, a cidade não registrava óbito em decorrência da infecção desde 2016, quando nove pacientes não resistiram aos vírus. Em menos de seis anos já são 29 óbitos.

Postagens relacionadas

Larga Brasa

Redação 1

Homem morre em incêndio na zona Leste

Luque

Prefeitura recebe pedido de reajuste

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com