Pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) com 92 hospitais privados paulistas aponta crescimento de internações por covid-19 e dengue, após o carnaval. O levantamento foi realizado entre 29 de fevereiro a 10 de março.
Segundo o sindicato, são 64% hospitais privados paulistas da capital e 36% do interior. A pesquisa indica que houve também aumento em 82% de casos suspeitos de covid-19 e dengue nos pronto–atendimentos e serviços de urgência nos últimos 15 dias.
A nova pesquisa foi feita exatamente 30 dias após a anterior, realizada no período de 29 de janeiro a 7 de fevereiro, quando apontava apenas aumento de internações por causa da dengue. Casos de covid-19 eram raros, dizem os pesquisadores.
Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp e da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp), a pesquisa apresenta uma curva ascendente para casos suspeitos ou confirmados de covid e dengue nos últimos 15 dias.
“Provavelmente, o resultado pode ter influência do período de carnaval, que permitiu grandes aglomerações e as altas temperaturas do verão que facilitam a propagação do mosquito da dengue em água parada. Importante comparar as duas pesquisas e verificar que há 30 dias, apenas a dengue aparecia nos hospitais. Os índices de covid estavam discretos”, avalia.
Nos setores de pronto–atendimento ou serviços de urgência, 82% dos hospitais apontam aumento de pacientes com suspeita de dengue e covid-19, enquanto na pesquisa anterior eram 48%. Não houve quase alteração no registro do aumento de casos suspeitos de dengue.
Na atual pesquisa, 30% dos hospitais indicam aumento entre 31% e 50% nos casos
em que o vilão é o mosquito Aedes aegypti, enquanto na pesquisa anterior eram 27%, no mesmo patamar de 31% a 50%. O quadro se altera quando se pergunta sobre casos suspeitos de covid-19 nos serviços de urgência.
De acordo com a pesquisa, 32% dos hospitais registram aumento desses casos no patamar de 6% a 10%, enquanto 25% informam elevação de 11% a 20%. Na pesquisa feita há 30 dias, 34% relatavam aumento de 6% a 10% de casos suspeitos devido à infecção por coronavírus e 2% dos serviços de saúde relatavam crescimento de 11% a 20%.
Também houve aumento de internações por covid-19 e dengue em 71% dos hospitais paulistas. Na pesquisa anterior, 80% registravam aumento apenas por dengue. Perguntados sobre internações em leitos clínicos, 60% registram aumento de até 5% por covid e 26% relatam alta de 6% a 10%.
Já a pesquisa anterior, registrava que 100% dos hospitais tinham até 5% de aumento nesse tipo de internação. Já o tempo médio de permanência nos casos de dengue é de até quatro dias para 70% dos hospitais, ante os mesmos quatro dias na pesquisa anterior para 43% das instituições de saúde.
Para covid, 82% dos hospitais relatam tempo médio de internação de 4 dias e 18% informam tempo médio de cinco a dez dias. Na pesquisa feita há 30 dias, 16% relatavam quatro dias como o tempo médio de internação enquanto 84% indicavam de cinco a dez dias.
A faixa etária predominante para pacientes com covid-19 é de 30 a 50 anos para 67% dos hospitais, sendo mantido esse patamar na pesquisa anterior, que relatava que 68% dos hospitais indicam faixa etária de 30 a 50 anos predominante para covid. Já para dengue 72% dos hospitais confirmam a faixa etária predominante de 30 a 50 anos na pesquisa atual, o que se manteve na pesquisa anterior.
O Brasil soma 710.427 mortes por covid-19 e 38.592.310 casos de coronavírus desde o início da pandemia. O estado de São Paulo tem 182.733 óbitos e 6.813.128 contágios. Ribeirão Preto soma 179.448 pacientes infectados e 3.581 vítimas fatais da doença. Neste ano, são 1.968 infectados e doze óbitos
Até esta terça-feira (12), o país havia registrado 1.585.385 casos prováveis de dengue e 450 mortes confirmadas pela doença neste ano. O Estado de São Paulo acumulava, na mesma data, 183.288 vítimas do Aedes aegypti e 51 óbitos. Ribeirão Preto tem 4.805 ocorrências este ano e duas mortes por dengue
Divulgação
Segundo o SindHosp, 71% dos hospitais privados paulistas registram aumento de internações por covid-19 e dengue