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Dengue causa mais uma morte em RP

Em menos de seis meses, a cidade já superou o número de mortes no ano passado; dez estão sob investigação e já são 32 óbitos em menos de seis anos 

Secretaria da Saúde anunciou nesta semana mais um óbito em decorrência da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti: dez estão sob investigação (Raul Santana/Fiocruz/Divulgação )

Ribeirão Preto já registrou dez mortes em decorrência de dengue em 2024, duas em janeiro, cinco em fevereiro, duas em março e uma em junho, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, que na quarta-feira (19) anunciou mais um óbito por causa da doença. Dez casos fatais ainda estão sob investigação.
 
Em menos de seis meses, a cidade já superou em 11,1% o número de mortes no ano passado – foram nove óbitos em 2023, três em março, dois em abril, dois em maio, um em junho e um em dezembro. Em dezembro de 2022, a cidade teve um óbito, no único do período.

A alta no passado chega a 800%, oito a mais. Em 2021, não houve casos fatais. Em 2020, ocorreram onze mortes, mas um caso era importado de São Simão. No total oficial, Ribeirão Preto fechou 2020 com dez ocorrências fatais, sete a mais do que os três falecimentos de 2019, alta de 233,3%.

O número de dez mortos pelo Aedes aegypti em 2020 ainda é o maior em pelo menos seis anos (desde 2016). Antes de 2019, a cidade não registrava óbito em decorrência da infecção desde 2016, quando nove pacientes não resistiram aos vírus. Em menos de seis anos já são 33 óbitos.

A Secretaria Municipal da Saúde iniciou, em abril, a imunização com a primeira dose da vacina Qdenga – do laboratório japonês Takeda – contra a dengue. Nesta primeira etapa estão sendo imunizados adolescentes de 10 e 11 anos de idade. A cidade recebeu onze mil unidades. O imunizante está disponível em 34 salas de vacinação nas unidades de saúde de Ribeirão Preto.

Casos da doença  superam 32,1 mil
Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue. Na quarta-feira, 19 de junho, a Secretaria Municipal da Saúde atualizou os dados de casos confirmados este ano. A cidade ultrapassou a barreira de 32.100 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya.

Já é o maior volume em oito anos, desde 2016, quando a dengue atingiu 35.043 pessoas. São 32.157 ocorrências em 2024 além de 48.349 sob investigação , 19.855 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 161,40% em pouco mais de cinco meses. Uma semana atrás, até 12 de junho, eram 30.188. Em sete dias, o Aedes aegypti fez mais 1.969 vítimas, aumento de 6,52%.

Na semana anterior, a alta havia sido de 8,41%, de 27.847 para 30.188, mais 2.341. A tendência é que o número de casos comece a cair com a chegada do inverno e do “veranico” – verão fora de época que reduz a umidade relativa do ar, eleva as temperaturas no inverno e provoca estiagem.

A população não pode baixar a guarda. Ribeirão Preto já registrou dez mortes em decorrência de dengue em 2024, duas em janeiro, cinco em fevereiro, duas em março e uma em junho, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Outros dez casos fatais ainda estão sob investigação. Em menos de seis meses, a cidade já superou o número de mortes no ano passado (nove).

Em menos de seis anos já são 33 óbitos. A média diária de casos neste ano é de 189 ocorrências, uma a cada oito minutos, aproximadamente. Os dados são do período entre 1º de janeiro e 18 de junho. São 284 notificações de casos suspeitos por dia, cerca de uma a cada cinco minutos.

São 321 casos em junho. Fechou maio com 4.417 casos confirmados, 142 por dia, um a cada dez minutos. Caiu 52,60% em relação aos 9.318 de abril, 4.901 a menos. Encerrou março com 8.843, fevereiro com 6.245 e janeiro com 3.013. Na comparação com maio de 2023, quando 2.712 pessoas pegaram dengue, a alta chega a 62,87%. São 1.705 a mais.

Em comparação com os 10.744 casos de dengue do primeiro semestre do ano passado, já são 21.413 a mais em 2024, avanço de 199,30% em apenas 170 dias de 2024. Os dados são atualizados semanalmente, com possibilidade de alterações pontuais

Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.302 casos de dengue (dado revisado), 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 193.022 casos de dengue. Há 164 ocorrências de febre chikungunya em 2024, catorze importadas. No ano passado, foram 121, sendo 106 autóctones.

Faixa etária – No ano passado, das 12.302 vítimas, 4.454 pessoas têm entre 20 e 39, outras 3.032 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 2.029 estão entre 10 e 19 anos, 1.456 têm mais 60 anos, 949 são crianças de 5 a 9 anos, 321 têm entre 1 e 4 anos e 61 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.906 casos na Zona Leste, 2.895 na Oeste, 2.115 na Norte, 1.924 na Sul e 1.462 na Central.

Neste ano, 11.580 têm entre 20 e 39, outras 7.650 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 5.395 estão entre 10 e 19 anos, 3.915 têm mais 60 anos, 2.361 são crianças de 5 a 9 anos, 1.038 têm entre 1 e 4 anos e 218 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 8.684 casos na Zona Leste, 7.481 na Oeste, 7.316 na Norte, 4.779 na Sul e 3.835 na Central, além de 62 ainda sem identificação de distrito.

Entre 70% e 80% criadouros do mosquito estão dentro das casas. A maioria está em vasos, pneus e ralos. Somente nos mutirões do ano passado, foram recolhidos 60 toneladas de materiais inservíveis. São mais de 100 toneladas em menos de seis meses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

Casos de dengue  em Ribeirão Preto
2009 – 1.700
2010 – 29.637
2011 – 23.384
2012 – 317
2013 – 13.179
2014 – 398
2015 – 4.419
2016 – 35.043
2017 – 248
2018 – 270
2019 – 14.520
2020 – 17.606
2021 – 360
2022 – 7.482
2023 – 12.302
2024 – 32.157 *
Total desde 2009: 193.022
* Até 18 de junho

Eliminação do  Aedes aegypti 
• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;
• Descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura;
• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;
• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;
• Tampar ralos;
• Manter o vaso sanitário sempre fechado;
• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;
• Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.
 

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