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Dengue avança 479,5% em 2021

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Os casos de dengue des­pencaram em Ribeirão Preto em cinco meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020, mas subi­ram em relação aos quinque­mestre anterior, de agosto a dezembro. Segundo dados do Boletim Epidemiológico, di­vulgado pela Secretaria Mu­nicipal da Saúde, em janeiro, fevereiro, março, abril e maio de 2021 apenas 255 pessoas foram vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da do­ença, do zika vírus e das fe­bres chikungunya e amarela na área urbana.

No mesmo período de 2020 foram registrados 17.343 ocorrências. Ou seja, a queda chega a 98,5%, ou 17.088 a menos. Neste ano, são 29 casos de janeiro, 37 de fevereiro, 55 de março, 88 de abril e 46 de maio – 760 a menos que os 806 do mesmo mês do ano passado, recuo de 94,3%.

Entretanto, na compa­ração com os cinco meses anteriores, de agosto a de­zembro de 2020 – época de chuvas –, alta chega a 479,5%, com 211 ocorrên­cias a mais que as 44 do período. No ano passado, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, Ribeirão Preto registrou 17.604 casos de dengue.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investiga mais 2.357 pacientes que podem estar com a doença neste co­meço de 2021 – aguarda o re­sultado de exames. Em 2020, ocorreram onze mortes na cidade, mas um caso era im­portado de São Simão.

No total oficial, a Secre­taria da Saúde fechou o ano passado com dez óbitos por dengue, sete a mais do que os três falecimentos de 2019, alta de 233,3%. O número de dez vítimas fatais do Aedes aegypti é o maior em pelo menos cinco anos (desde 2016).

Antes de 2019, a cidade não registrava óbito em de­corrência da infecção desde 2016, quando nove pacien­tes não resistiram aos vírus. O número total de vítimas do Aedes aegypti em 2020 é 21,2% superior ao de 14.520 pessoas infectadas em 2019 – de acordo com dados atu­alizados pela Secretaria da Saúde –, 3.084 ocorrências a mais.

Ribeirão Preto declarou epidemia ainda na primeira metade de 2020, a sexta em onze anos. A média diária de pessoas diagnosticadas com o vírus transmitido pelo Ae­des aegypti em 365 dias foi de 48, duas por hora. Dos 17.604 casos confirmados até agora, 2.932 são de janeiro, 6.695 de fevereiro, 5.045 de março, 1.865 de abril, 806 de maio, 170 de junho, 47 de julho, 16 de agosto, doze de setembro, cinco de outubro, seis de no­vembro e apenas cinco de de­zembro.

No ano passado, a maio­ria das vítimas do mosquito transmissor tinha entre 20 e 39 anos (6.564). Depois apa­recem os adultos de 40 a 59 anos (4.409), jovens de dez a 19 anos (2.785), idosos com mais de 60 anos (1.915), crianças de 5 a 9 anos (1.167), de um a quatro anos (652) e menores de um ano (112). Em 2021, as pessoas com ida­de entre 40 e 59 anos lideram com 96 ocorrências, seguidas pelos adultos de 20 a 39 (são 92), crianças e adolescentes de 10 a 19 anos (33), ido­sos de 60 anos ou mais (25), crianças de 5 a 9 anos (seis), de 1 a 4 anos (dois) e abaixo de 1 ano (um).

Em 2020, os casos de dengue foram registrados nas regiões Oeste (5.162), Leste (3.626), Norte (3.556), Sul (3.297) e Central (1.963) – não há ocorrências sem identificação de distrito. Neste ano, a Zona Leste li­dera com 107 ocorrências. Depois aparecem as regiões Oeste (49), Norte (36), Sul (35) e Central (28). Em qua­se 13 anos, Ribeirão Preto já registrou 141.243 casos de dengue, 19,8% da popula­ção, mas este número pode ser quatro vezes superior – de 564.972, ou 79,4% dos habitantes.

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