Os pedidos de delivery no período noturno, que vai das 18h às 4 horas, cresceram aproximadamente 52,32% no Brasil em relação ao ano passado, segundo dados das plataformas de entregas desenvolvidas com a Machine, uma solução inovadora da Gaudium que facilita a criação de apps para o segmento.
A movimentação no setor de entregas aumentou de 48,9 milhões em 2023 para 93,5 milhões em 2024. A pesquisa também revelou o número de entregas por região durante o período. Em primeiro lugar, está o Sudeste com 2,1 milhões, seguido pelo Centro-Oeste com 1,5 milhões e, em terceiro, o Sul com 1,1 milhões. Esses dados não apenas destacam a distribuição das entregas, mas também revelam a necessidade de estratégias inovadoras para se adaptar à crescente demanda,
A tendência pode ter influências dos hábitos adquiridos junto às medidas de restrição da pandemia de covid-19, que levou as pessoas a pedirem todo tipo de produto e serviço para evitar sair de casa. Mas ela também sofre impacto na crescente flexibilidade de horários e de trabalho dos consumidores, além do aumento da oferta nos aplicativos.
O principal motivo da grande procura pelo serviço de delivery é a comodidade que ele proporciona. Afinal, só é preciso uma ligação ou alguns cliques em um aplicativo para realizar um pedido.
“Antes, era muito comum que só se pedisse comida, o que mudou bastante nos últimos anos. Hoje você consegue receber produtos de farmácia, mercado, roupas, joias e outros, que fogem dos horários de pico comuns das refeições. O trabalho mais autônomo, junto ao crescimento do home office, também afeta os horários dos usuários, que podem optar em trabalhar de noite/madrugada e pedir deliveries diversos durante o período”, defende Ana Carolina Cabral, diretora da plataforma Entregas da Gaudium.
Além da análise da demanda, extensão de plantões e atendimento 24h, Ana Carolina Cabral sugere algumas atitudes para os negócios que lidam com serviços de entrega e querem se diferenciar da concorrência. “Estabelecimentos podem investir em campanhas promocionais noturnas para incentivar pedidos, e estender esse tipo de ação às redes sociais e mensagens por whatsapp”, propõe.
Outra solução que ela recomenda aos comerciantes, para atrair motoqueiros e entregadores a se manterem disponíveis durante a noite e a madrugada, são os benefícios diferenciados dos grandes players. Ter parceria com borracharias e mecânicos, por exemplo, é um bom atrativo para estes profissionais. Outra dica seria criar uma escala de pontuação, beneficiando com algum tipo de bônus os entregadores que mais trabalhassem nos períodos com maior demanda.
Ribeirão Preto
Em Ribeirão Preto, o delivery durante a pandemia também foi observado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) da Alta Mogiana. Para O presidente da entidade, Renato Munhoz, esse mercado que vem crescendo ano a ano, e trazendo oportunidades de outras comidas que não só pizza e lanches.
A entidade, porém, critica as taxas abusivas por parte da principal plataforma do setor no país. Entretanto, afirma que o empresário não tem como ficar de fora desse mercado, pois se seu restaurante não estiver na plataforma delivery, o cliente comprará no seu concorrente.
“Estamos buscando algo diferente, mas o monopólio deste aplicativo no mercado nos dificulta em tentar negociações para reduzirmos as taxas de administração. Mas a tendência é ter mais crescimento desse mercado, e os restaurantes estão inovando cada vez mais, com melhores embalagens, melhores produtos, produtos para serem apenas finalizados em casa, um mercado promissor”, afirma Munhoz.
De acordo com a Abrasel, o Brasil movimenta mais de R$ 10 bilhões no mercado de delivery. Isso significa que muitas pessoas utilizam esse serviço, o que, consequentemente, é uma excelente oportunidade para o empresário aumentar o faturamento do seu negócio.