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Delegada indicia pai da bebê por homicídio culposo

A delegada Luciana Renesto da DDM indiciou o pai da bebê por homicídio sem intenção de matar

 

Após depoimentos, a delegada Luciana Camargo Renesto Ruivo, titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), indiciou o pai da bebê Keren Yarin Pinheiro Suzart por homicídio culposo (sem intenção de matar).

O indiciado, 30, responderá em liberdade durante o inquérito policial instaurado nesta terça-feira (18). Ele e a esposa, 26, depuseram separadamente na delegacia especializada.

Na declaração do atestado de óbito do IML (Instituto Médico Legal) constou que a menina de 25 dias morreu por traumatismo cranioencefálico, hipertensão intracraniana, hematomas, pneumotórax à direita e trauma torácico. O laudo definitivo com a causa da morte não foi concluído.

A delegada comentou que “foi um acidente, uma fatalidade. Eles tinham todo um cuidado com a menina, moram na favela, mas a mãe me mostrou o quarto que fizeram para ela, que o pai pintou”, considerou Luciana Renesto,
ao descartar a suspeita de maus-tratos contra a bebê.

A delegada, entretanto, confirmou que viu negligência na ocorrência, uma vez que o indiciado declarou ter ingerido bebida alcoólica e dormido com a filha nos braços na sala, quando, supostamente, aconteceu a queda e a criança bateu com a cabeça.

Luciana Renesto disse ainda que “de qualquer forma, houve uma negligência de dormir com uma criança alcoolizado em uma cadeira. Temos que investigar, mas me parece que não houve uma agressão deliberada, intencional”, argumentou.

Segundo a delegada, o médico legista concluiu que as lesões são compatíveis com a queda.

“O roxeado na bochecha, que foi noticiado como mordida, não tem marca de dente, que pode ter sido da queda também”, comentou a delegada.

A delegada esclareceu que no andamento do inquérito vai ouvir testemunhas, como os vizinhos do casal.

A advogada Sandra Peporini, contratada para a defesa do casal, respondeu em entrevista coletiva que o seu cliente, pai da bebê, foi negligente ao deixar a filha cair, mas apenas as autoridades poderão considerar, ou não, maus-tratos infligidos.

Sandra conjecturou que “ela pode ter batido a cabeça na mesa e caído ao solo, o que provocou, pela idade de 25 dias, todas aquelas fraturas, que constaram no laudo. Só que tudo isso vai ser averiguado pela Justiça, pela delegada, vai passar por perícia, para depois chegar à conclusão se houve o crime de tortura, ou não”, ponderou.

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