A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil emitiu nesta terça-feira, 10 de setembro, alerta para a forte onda de calor que atingirá o Estado de São Paulo nos próximos dois dias. Nesta quarta (11) e na quinta-feira(12), as temperaturas máximas devem oscilar entre 35ºC e 38ºC, em pleno inverno, nas regiões de Ribeirão Preto, Araçatuba, Presidente Prudente, Marília e Barretos, entre o oeste e o norte do Estado.
Em Ribeirão Preto, a terça-feira foi o dia mais quente do inverno, com os termômetros marcando 36 graus centígrados no período da tarde. Para esta quarta e na quinta-feira, a previsão é de mais calor, com mínima de 19ºC e máxima de 38ºC. A umidade relativa do ar também despencou nos últimos dias, por volta de 20%.
As prefeituras foram alertadas para recomendar a suspensão de exercícios ao ar livre nos momentos mais quentes, entre onze e 17 horas. As pessoas devem ficar em locais protegidos do sol e evitar sair ao ar livre sem proteção solar. Há recomendação para suspender as aulas se houver risco para os alunos.
Em outras regiões do Estado, incluindo as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Sorocaba e Baixada Santista, o calor pode chegar a 35 graus nesta quarta-feira (11). A onda de calor permanece sobre o Estado pelo menos até o dia seguinte.
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até lá, a temperatura deve ficar cinco graus acima da média. O calor excessivo representa risco de hipertermia que, em alguns casos, pode levar à morte. Nesta terça-feira, a cidade de Ilha Solteira, no extremo oeste, já registrou temperatura de 40,6ºC, a mais alta do ano, segundo a estação climatológica da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
O recorde foi atingido às 14h15, em medição feita na sombra. A maior temperatura, até então, tinha sido registrada no dia 22 de agosto, no verão, quando o calor chegou a 39,8ºC. Nas regiões norte, oeste e noroeste, a umidade relativa do ar deve ficar entre 12% e 20%, o que significa estado de alerta. Nesta terça, a umidade do ar caiu a 15% em Jales e Votuporanga.
Devido à baixa umidade do ar, também é recomendado o uso de soro fisiológico nos olhos e narinas e a umidificação dos ambientes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece como adequados à saúde humana índices iguais ou superiores a 60%.