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Decreto confirma reajuste do IPTU

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Decreto assinado pelo pre­feito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e pelos secretários An­tônio Daas Abboud (Casa Ci­vil, em exercício), Alberto José Macedo (Governo) e Manoel de Jesus Gonçalves (Fazenda) confirma que o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano de 2020 será de 2,55%.

O decreto número 288 foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) desta quarta-feira, 27 de novem­bro, e também vale para a correção dos valores do Im­posto Sobre Serviços (ISS), taxas municipais, infrações e multas, a partir de 1º de ja­neiro do ano que vem.

A base de cálculo é o Índice Nacional de Preços ao Consu­midor (INPC) dos últimos doze meses – referente à inflação acu­mulada entre novembro de 2018 a outubro de 2019 –, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís­tica (IBGE) e há pelo menos 14 anos vem sendo usado em Ri­beirão Preto.

A Companhia de Desenvol­vimento Econômico de Ribeirão Preto deve começar a rodar os carnês nos próximos dias. A pre­visão da Secretaria Municipal da Fazenda é iniciar a distribuição em 16 de dezembro. Normal­mente, a prefeitura oferece des­conto de 10% para pagamento à vista, em janeiro.

Quem optar por parcelar em doze vezes perde o direito ao abatimento. A aplicação do INPC como indexador oficial dos tributos e taxas municipais está prevista em lei. A prefeitura de Ribeirão Preto desistiu de re­visar a Planta Genérica de Valo­res (PGV) neste ano.

A revisão alteraria o valor ve­nal dos imóveis com reflexo no IPTU de 2020. O prefeito Duar­te Nogueira desistiu de enviar o projeto para a Câmara de Vere­adores. A Fazenda confirmou e disse que não há previsão para 2021. Porém, a PGV também não deve ser revisada em 2020.

Duarte Nogueira não pre­tende discutir o assunto nova­mente. “Cumpri minha obri­gação de enviar a revisão (da Planta Genérica) para a Câmara, que rejeitou. Dessa forma, não vou entrar nessa discussão. Até o fim do meu mandato, não have­rá um novo projeto”, disse a um programa de televisão. O tucano deve ser candidato à reeleição no ano que vem.

Em 8 de outubro, a prefei­tura de Ribeirão Preto também retirou da pauta de votações da Câmara o projeto que elevaria, de 2% para 3%, a alíquota do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis “Inter-Vivos” (ITBI). Durante a campanha eleitoral de 2016, Duarte No­gueira disse que não pretendia elevar impostos e que a crise financeira seria superada por meio de outras alternativas.

No ano passado, a prefei­tura tentou revisar a Planta Genérica de Valores, mas, em 13 de dezembro, em sessão extraordinária, a Câmara de Vereadores rejeitou a proposta do Executivo. Com a decisão, a Secretaria Municipal da Fazen­da teve que reajustar o IPTU em 4%, com base no INPC, referente à inflação acumulada entre novembro de 2017 a ou­tubro de 2018.

Porém, donos de chácaras reclamaram que alguns boletos chegaram com reajuste de até 1.500%. Neste ano foram emi­tidos 313.878 carnês. Em 2017, após muita polêmica, o Execu­tivo desistiu da atualização da PGV e corrigiu o tributo em 1,83%, baseado no INPC. A pro­posta da Secretaria Municipal da Fazenda era emplacar reajuste de até 100% – 50% no ano pas­sado, mais 25% em 2019 e 25% em 2020. Em 2017, o aumento foi de 8,5% – no período ante­rior (2016) havia sido de 10,33%.

No ano passado, a Câmara de Vereadores barrou a revisão da PGV com o argumento de que o projeto onerava a popula­ção mais pobre em detrimento a regiões consideradas nobres da cidade. Previa elevação do va­lor venal de imóveis em regiões como a Norte e a Oeste, de 300% em média. Já a segunda estabele­cia um reajuste médio do IPTU de 28% – o teto “extraoficial” se­ria de 40%.

A Planta Genérica não passa por mudanças desde 2012 – o projeto aprovado começou a va­ler em 2013, com um limitador de 130% aprovado pela Câmara, mas muitos contribuintes rece­beram carnês com aumentos superiores a 500%. Pela esti­mativa da administração, para 2020 a previsão de arrecadação com o IPTU estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA), em análise na Câmara, é de R$ 390,51 milhões, ou seja, quase o mesmo valor deste ano (R$ 396 milhões).

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