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Decreto acaba com o horário de verão

Confirmando anúncio feito no início do mês, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou nesta quinta-feir, 25 de abril, decreto que encerra com o horário de verão. A medida foi tomada durante soleni­dade no Palácio do Planalto, que reuniu autoridades como o vice-presidente Hamilton Mourão, o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Ao discursar, Bolsonaro fez um aceno aos parlamen­tares, afirmando que o gover­no está aberto para receber sugestões de medidas que possam ser implantadas atra­vés de decreto, reconhecendo a “dificuldade” de aprovar al­guma lei no Congresso. “Mui­to difícil, quase como ganhar na Mega-Sena. Um decreto tem um poder enorme, como esse assinado agora. A todos os senhores, aos demais, o governo está aberto, quem tiver qualquer contribuição para dar via decreto, nós esta­mos à disposição dos senho­res”, afirmou.

Criado com a finalida­de de economizar energia e aproveitar o maior período de luz solar durante os meses mais quentes do ano – quan­do os dias também são mais longos – a medida foi adota­da no Brasil pela primeira vez em 1931 e adotada em caráter permanente a partir de 2008. De acordo com Bolsonaro, a decisão de acabar com a me­dida foi tomada após estudos que mostraram não haver mais razão do horário de ve­rão, em função das mudanças no consumo de energia que ocorreram nos últimos anos.

Em 2008, ficou definido que o horário de verão come­çaria no primeiro domingo do mês de novembro de cada ano, até o segundo domingo do mês de fevereiro do ano subsequente, em parte do território nacional. Só ha­veria mudança em ano que houvesse coincidência entre o domingo previsto para o término da hora de verão e o domingo de carnaval.

Estudos do Ministério de Minas e Energia e divulgados em 2017 apontam que a medi­da não proporciona economia. Isso se deve principalmente à popularização dos aparelhos de ar condicionado, item que consome muita energia. O pico de demanda atualmente ocorre no início da tarde, entre 14 horas e 15 horas, quando a temperatura está mais alta.

No passado, o “vilão” da conta de luz era o chuvei­ro elétrico e o momento de maior demanda ocorria en­tre o fim da tarde e o início da noite, entre 17 horas e 20 horas. A última edição do horário de verão (2018/2019) terminou à zero hora de 17 de fevereiro. Começou em 4 de novembro do ano passado e teve duração de 105 dias, 21 a menos do que na anterior.

A CPFL Paulista, que aten­de 4,49 milhões de unidades consumidoras em 234 cida­des do Estado de São Paulo – 290 mil somente em Ribeirão Preto –, estima economia de 48.561 megawatts-hora em sua área de concessão. Este volume seria suficiente para abastecer Ribeirão Preto – ci­dade com 694.534 habitantes, segundo o Instituto Brasilei­ro de Geografia e Estatística (IBGE) – por oito dias, Cam­pinas por quatro, São José do Rio Preto por doze, Marília por 28 e Bauru por 17.

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